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Jornada de Farmácia do Ophir Loyola destaca o papel do farmacêutico na área hospitalar e oncológica

Por Leila Cruz (HOL)
30/11/2023 13h58

Profissionais, especialistas e acadêmicos participaram da I Jornada de Farmácia Hospitalar Ophir Loyola (HOL), realizada na quarta-feira (29), no auditório Luiz Geolás. Com o tema “Garantindo a Qualidade na Assistência e na Promoção da Saúde em Oncologia”, a programação científica contribui com o desenvolvimento das atividades do profissional farmacêutico na área hospitalar e oncológica, por meio do compartilhamento de experiências  e debates das temáticas inseridas nesse campo de atuação. 

“As palestras ministradas promoveram a capacitação e a atualização do conhecimento técnico e científico da comunidade acadêmica. O evento buscou fortalecer as habilidades profissionais e protocolos estabelecidos nas diferentes etapas da assistência farmacêutica e, consequentemente, colaborar com a melhoria contínua da qualidade dos serviços de saúde e o maior beneficiado é o paciente”, informou a responsável técnica pela farmácia do HOL, Annie Oliveira, que também é presidente Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (Sbrafh), Regional Pará.

Durante a jornada, Annie Oliveira abordou sobre a importância da interação de processos entre os serviços de farmácia e enfermagem no cuidado ao paciente oncológico. Segundo ela, a interação entre os processos é um requisito essencial para a manutenção de um cuidado centrado no paciente e estabelecer fluxos assistenciais com planejamentos terapêuticos seguros.

“A linha de cuidado caracteriza-se por padronizações técnicas que explicitam informações relativas à organização da oferta de ações de saúde. Isso inclui a descrição das rotinas do itinerário do paciente com a finalidade de alinhar os cuidados. Quando a interação é implementada entre as partes envolvidas, os processos se tornam mais eficazes e seguros”, afirmou a farmacêutica.

O superintendente do Instituto Central (SIC) do HOL, José Ronaldo Júnior, destacou o papel doRonaldo Jr farmacêutico desde a cadeia de suprimentos até a atenção farmacêutica. “O nosso Estado encontra-se distante do eixo Rio-São Paulo, onde estão centralizadas as principais indústrias farmacêuticas, portanto existe uma dificuldade em relação à logística de distribuição de medicamentos para nossa região. Por isso, é de extrema importância discutir e socializar as informações sobre os desafios e estratégias para solucionar problemas associados à gestão do sistema de cadeia de suprimentos de um Centro de Alta Complexidade em Oncologia”, ressaltou.

Os avanços regulatórios da atuação do farmacêutico na oncologia também ganharam destaque na programação. A docente informou que os marcos regulatórios iniciaram no final da década de 90, regulamentados pelo Conselho Federal de Farmácia, devido à existência de tecnologias e técnicas que precisam ser aplicadas a qualquer medicamento, principalmente medicamentos de alto risco, a exemplo dos quimioterápicos. 

Cristiane Maia“Essa recomendação se transformou em outras normas que consolidaram as boas práticas de preparo de terapias antineoplásicas. Então, mais ou menos no final da década de 90 até hoje, as mudanças foram drásticas em relação às técnicas de biossegurança, qualidade e toda uma operacionalização para que o medicamento chegue com as características preservadas até o paciente e o tratamento seja um sucesso”, destacou Cristiane Maia, professora da Faculdade de Farmácia da UFPA.

A farmacêutica Claudiane Fonseca participou da programação para se atualizar sobre as novidades da profissão. “Recentemente me inscrevi numa pós-graduação de farmácia hospitalar com ênfase em oncologia e quero adquirir mais conhecimentos e participar dos debates referentes à área que desejo atuar. E essa jornada veio agregar valor na minha formação por trazer especialistas que contribuem para nossa capacidade intelectual, crescimento pessoal e atualização dos saberes”, afirmou.