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Polícia Civil do Pará prende três homens suspeitos de extorsão e homicídio

O trabalho conjunto com a Polícia Civil do Paraná localizou os suspeitos de um crime cometido em Foz do Iguaçu

Por Jeniffer Terra (CGE)
24/11/2023 14h49

Equipes da Polícia Civil do Pará (PCPA) prenderam, na manhã desta sexta-feira (24), três homens envolvidos no crime de extorsão seguida de morte contra Kauet Henrique dos Santos, ocorrido em Foz do Iguaçu, no Estado do Paraná, em agosto deste ano. Dois dos alvos foram encontrados no distrito de Mosqueiro e um no distrito de Icoaraci, em Belém.

Rodrigo Souza, delegado titular do caso, da Polícia Civil do Paraná A ação da Polícia Civil foi realizada em parceria com a Polícia Civil do Paraná (PCPR). O inquérito foi presidido pelo delegado Rodrigo Souza, titular da Delegacia de Foz do Iguaçu e responsável pela investigação do crime. “Durante as investigações conseguimos levantar as informações que os três homens presos aqui em Belém fazem parte de um grupo criminoso responsável por aplicar este tipo de crime reiteradas vezes, sendo o Kauet a única vítima fatal dos suspeitos. Uma mulher também foi presa hoje no Estado de São Paulo por envolvimento direto no crime”, explicou o delegado.

Em Mosqueiro e Icoaraci foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão contra os indivíduos que já respondem pelos crimes de roubo majorado e associação criminosa.

Um dos homens presos na ação integrada“A PCPA disponibilizou seis equipes de policiais para atuar de forma eficaz na prisão dos envolvidos. Esse também é um dos compromissos que nós temos para que possamos dar a devida resposta à sociedade aqui do Pará, e de qualquer outro estado, que precise do nosso apoio”, ressaltou o delegado-geral Walter Resende.

Crime - A vítima passou por Foz do Iguaçu em uma viagem com destino ao Paraguai, onde compraria celulares e revenderia em Natal, no Rio Grande do Norte, cidade onde residia. Ao chegar em Foz do Iguaçu, Kauet Henrique dos Santos desapareceu. O rapaz foi assassinado no dia 4 de agosto, após realizar transferências bancárias para contas indicadas pelos investigados, conduta que se enquadra no crime de extorsão qualificada pela morte.

Três dias após o desaparecimento, o corpo de Kauet foi encontrado em uma residência. A Polícia do Paraná apurou que ele realizou transferências dos valores que usaria para a aquisição dos aparelhos eletrônicos, além de ter solicitado ao seu pai mais uma quantia, totalizando R$ 86 mil transferidos aos criminosos.

Luís Xavier, delegado titular da Divisão de Homicídios de BelémCruzamento de dados - No Pará a ação se concentrou na Região Metropolitana de Belém. Policiais do Paraná e do Pará cruzaram dados, fizeram o levantamento do local e o monitoramento dos investigados, os quais estavam escondidos em uma casa na Praia do Paraíso, na Ilha de Mosqueiro.

“A interação entre os órgãos policiais, assim como com outras entidades públicas e privadas, foi fundamental para o efetivo desmantelamento do grupo criminoso suspeito de diversos crimes graves de extorsão em várias regiões do País e que, infelizmente, vitimaram fatalmente um jovem. Gostaria de ressaltar o importante apoio dado pelos agentes da Polícia Civil do Estado do Pará, desde o primeiro contato, que não mediram esforços para que tivéssemos todos os meios necessários para prender os suspeitos”, disse o delegado Rodrigo Souza.

Contra os presos há indícios de crimes cometidos no Pará, além de outros estados da Federação. No momento da prisão, outra possível vítima estava na companhia dos investigados. “Todos os alvos que estavam aqui em Belém foram presos. Dois deles são naturais aqui de Belém, e o terceiro é do Estado de Rondônia. Em uma das casas onde eles foram encontrados havia uma pessoa natural do Estado do Amazonas, que nós acreditamos que seria outra vítima do grupo criminoso, até porque ele foi atraído pelos investigados da mesma forma que o Kauet foi atraído”, informou o delegado Luís Xavier, diretor da Divisão de Homicídios (DH) de Belém.

Os presos foram encaminhados à Divisão de Homicídios (DH), onde prestaram depoimento e confessaram o crime. Eles já estão à disposição da Justiça, que determinará a transferência deles para o Paraná. (Com informações da Ascom PCPR).