Gestores de Segurança Pública avaliam estratégias e avanços contra a violência
Estratégicas foram avaliadas para preservar e integrar cada vez mais os órgãos de segurança pública do Estado
A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) iniciou nesta quinta-feira (16) a reunião dos gestores das Regiões de Integração da Segurança Pública (Risps) e a avaliação dos indicadores de criminalidade. Todo o Pará esteve representado pelos comandantes da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Científica, Departamento de Trânsito e superintendentes da Polícia Civil de cada região, no auditório Pará, no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, com a finalidade de aproximar os gestores, ouvir demandas e dar encaminhamentos, a fim de aprimorar a estrutura e as ações de prevenção e repressão que auxiliam no combate à violência.
O secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, abriu o encontro abordando os avanços nas 15 Regiões Integradas de Segurança Pública nos últimos quatro anos. “Nós estamos reunindo, fazendo tratativas estratégicas para que a gente consiga preservar e integrar cada vez mais os órgãos de segurança pública do Estado. Ao mesmo tempo, traçando estratégias, avaliando os dados até agora e realinhando ações para o futuro, para que a gente possa, cada vez mais, de forma integrada, atuar em defesa da sociedade paraense”, enfatizou o secretário.
Gestores da área de segurança pública do Estado comandaram a avaliaçãoAcompanhando o titular da Segup estavam o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Dilson Júnior; o delegado-geral da Polícia Civil, Walter Resende; o representante do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Marcelo Nogueira; o diretor-geral da Polícia Científica, Celso Mascarenhas, e o representante do Departamento de Trânsito do Estado, Ivan Feitosa.
Para o coronel Dilson Júnior, a reunião é o momento oportuno para revisar o último ano de trabalho. “Analisamos os números de 2023 e vemos que todos os meses temos redução. Temos a plena convicção que isso ocorre diariamente por questão do trabalho técnico, de análise da mancha criminal e de policiamento ostensivo”, disse o comandante-geral da PM.
Essa é a mesma avaliação do delegado-geral da Polícia Civil. “É um momento importante para realinhar e revisar ações que estamos fazendo há algum tempo. Aquilo que está produzindo e alcançando objetivos deve ser mantido, e em alguns pontos deve ser necessário algum aperfeiçoamento”, disse Walter Resende.
Secretário Ualame Machado abriu o encontroAnálise de resultados - Na reunião foi apresentado aos gestores o Programa de Análise de Resultados de Gestão Estratégia, Administrativa e Operacional (Pargeao), considerado a ferramenta oficial de controle e avaliação utilizada pelo Sistema de Segurança.
O Pargeao foi criado para gerir a metodologia aplicada na execução das ações e planejamentos, para que todas as metas sejam acompanhadas, mensurando se os resultados estão sendo alcançados e auxiliando para que todas as estratégias propostas sejam realizadas.
“Para que a gente possa analisar os dados e traçar o nosso objetivo, as nossas metas, a gente utiliza o equipamento desenvolvido por nós, de inteligência artificial, e também de processamento de dados, para que a gente possa analisar as informações e estabelecê-las, acompanhar essas metas, monitorar e poder avaliar o serviço de cada regional”, assinalou Ualame Machado.
Ao final foi entregue aos gestores locais de cada força o formulário de indicadores de resultados. O primeiro dia foi encerrado com a apresentação dos indicadores de criminalidade do Estado no último ano, pelo secretário adjunto de Inteligência e Análise Criminal, delegado André Costa.
Reduções - Desde o início do ano, o Pará somou reduções significativas nos índices de criminalidade, como 8% em feminicídio; 20% em roubos; 22% em morte por intervenção de agente do Estado (Miae) e de 15% em Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), que reúne homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte. O período compreende o acumulado de 2023, de janeiro a outubro, em comparação com o mesmo período de 2022.
Os gestores presentes receberam ainda orientações sobre a ferramenta de análise criminal voltada para o sistema de segurança Cronos, de uso exclusivo das forças, além do Dashboard, com os indicativos presentes no site institucional da Segup.
O secretário adjunto apontou cinco desafios para a segurança pública: continuidade da redução dos principais indicadores de criminalidade violenta; redução dos crimes de violência doméstica, em especial o feminicídio; erradicação das facções criminosas e milícias; zerar o desmatamento ilegal no Estado até 2030, e integrar todos os sistemas de dados dos órgãos integrantes do Sieds (Sistema de Segurança Pública e Defesa Social).
A integração dos dados foi um dos pontos defendidos. “É fazer essa integração, pois já existe um decreto do governo do Estado para que isso aconteça”, informou o delegado André Costa.