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Profissionais do Hospital Ophir Loyola aprendem Língua Brasileira de Sinais

Em parceria com a EGPA, a formação de mais 100 servidores visa aprimorar o atendimento a pacientes com deficiência auditiva

Por Ellyson Ramos (HOL)
11/11/2023 12h33

Turmas formadas em Libras para atendimento inclusivo a pacientes do HOLMais 100 servidores do Hospital Ophir Loyola (HOL), em Belém, participaram de duas turmas de formação de intérpretes em Língua Brasileira de Sinais (Libras). A iniciativa, realizada por meio de parceria com a Escola de Governança Pública do Estado do Pará (EGPA), surgiu da preocupação do Setor de Humanização em aprimorar o atendimento de usuários e acompanhantes com surdez ou deficiência auditiva.

Na sexta-feira (10), os participantes concluíram o curso, que culminou com a apresentação de três músicas em Libras. Na plateia, convidados e pacientes acompanharam o desempenho dos servidores.

A diretora de Ensino e Pesquisa do HOL, Margareth Braun, reiterou o compromisso do Hospital com o atendimento de qualidade a todos os usuários. “Nós temos uma parceria com a EGPA, que sempre vem ao Hospital contribuir para a formação dos servidores. Dessa vez, trouxemos o curso de Língua Brasileira de Sinais, que é um diferencial, um cuidado do Hospital Ophir Loyola para promover um melhor acolhimento. Essa preocupação é genuína, sensível e de imenso valor. Muito obrigada pela parceria e parabéns a todos os profissionais pela dedicação”, disse a diretora.Aula com a professora Ana Rute Fernandes

Os organizadores do curso registraram grande procura pela qualificação, confirmando o interesse dos servidores em atender melhor pacientes surdos e deficientes auditivos. “É muito gratificante vermos o engajamento dos servidores, pois isso nos motiva a entregar um trabalho de excelência, sempre. O retorno que temos toda vez que a EGPA vem ao HOL nos renova, alegra e engrandece enquanto profissionais e seres humanos”, completou a coordenadora do Centro de Desenvolvimento de Competências e Habilidades Profissionais em Governança Pública, Cristina Lopes.

“Diante do crescente espaço social conquistado pelas pessoas com deficiência auditiva nas discussões políticas, na administração pública e privada, nos contextos hospitalares e entre outros segmentos da sociedade, a Humanização do HOL, por meio das diretrizes da Política Nacional de Humanização (PNH), atenta para a clínica ampliada, o acolhimento e valorização do servidor. Vislumbramos a necessidade de capacitar nossos servidores para garantir a inclusão”, afirmou a coordenadora de Humanização, Rayssa Imbiriba.

De acordo com Graça Silveira, chefe da Divisão de Desenvolvimento de Pessoas do HOL, o curso de nível básico representa um avanço na comunicação dos profissionais e contribui para a melhoria no atendimento. “A busca pela qualificação foi surpreendente, e os participantes estavam muito empolgados com os treinamentos e conhecimentos adquiridos. O grande desafio da humanidade é lidar com as diferenças e compreender uns aos outros. Meu sentimento é de gratidão por contribuir com uma formação tão importante, que vai resultar em um melhor atendimento aos nossos usuários”, disse a agente de Desenvolvimento e Capacitação.

Aprendizados - A administradora Elisângela Silva encontrou no curso a possibilidade de oferecer um ambiente hospitalar ainda mais inclusivo. “É preciso ter amor para trabalhar com pessoas, e esse curso nos aprimora quanto à inclusão. Nós temos muito contato com a parte assistencial, onde essa formação é extremamente necessária. Estou emocionada porque sou muito grata pela oportunidade. Apesar de ter um sobrinho mudo, eu nunca conversei profundamente com ele. Ele fazia alguns sinais e eu retribuía, sem entender muito bem. Agora, eu compreendo e já vou conversar com ele de outra forma”, contou Elisângela.

As aulas foram ministradas pela professora Ana Rute Fernandes, que há 30 anos atua na formação de novos intérpretes. “O ‘Ophir Loyola’ é o primeiro Hospital no qual realizo esse tipo de treinamento, que é de suma importância para a comunicação com esse público. Elas (pessoas com deficiência auditiva) precisam ser compreendidas, e há necessidade de termos pessoas com conhecimento em Libras em todos os ambientes, para que o atendimento seja eficiente. E se os profissionais se dispõem a aprender é porque eles já têm a semente da sensibilidade plantada no coração. O conhecimento só faz regar essa semente”, afirmou a educadora.