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Cientistas e pesquisadores conhecem a biodiversidade amazônica durante visita ao Parque Estadual do Utinga

Unidade de Conservação foi um dos locais visitados pelos congressistas e proporcionou uma imersão na rica flora da região

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
06/11/2023 17h51

O Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”, em Belém, abriu suas portas para receber cientistas, pesquisadores e estudantes de todo o país que participaram do 73º Congresso Nacional de Botânica. A visita de campo, realizada no último sábado (4), fez parte da programação científica do evento, com o objetivo de explorar a rica biodiversidade amazônica e promover o intercâmbio de conhecimentos entre os especialistas.

Com uma área superior a 1,3 mil hectares, a Unidade de Conservação (UC) administrada pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) e pela Organização Social (OS) Pará 2000, é conhecida por abrigar uma vasta variedade de espécies vegetais, muitas delas endêmicas da região amazônica. Durante a visita, os participantes puderam percorrer trilhas ecológicas, observar a flora local e coletar amostras para estudos científicos.

A imersão na biodiversidade amazônica proporcionou aos cientistas a oportunidade de conhecer de perto espécies únicas e compreender melhor a importância da preservação desses habitats naturais. Além do Parque Estadual do Utinga, as ilhas das Onças e dos Papagaios, em Barcarena, e a praia do Crispim, em Marapanim, também foram visitadas, o que permitiu a troca de experiências entre os pesquisadores e o enriquecimento do conhecimento botânico.

Na ocasião, os participantes puderam realizar atividades práticas, como identificação de plantas, coleta de sementes e estudo da ecologia dos diferentes ecossistemas presentes no Parque. Guiados por especialistas locais, eles puderam aprender sobre as particularidades da flora amazônica e os desafios enfrentados na conservação dessas espécies.

Diferencial - O Parque Estadual do Utinga é um verdadeiro tesouro natural, com uma grande diversidade de espécies de árvores, arbustos, trepadeiras e plantas herbáceas, algumas ainda pouco conhecidas pela ciência. Quem participou da visita se encantou com a exuberância das paisagens e a complexidade dos ecossistemas presentes no local.

Uma delas foi a bióloga e doutoranda em Botânica pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Marise Oliveira, que descreveu a visita como uma experiência única. 

“O Parque Estadual do Utinga é encantador por se tratar de uma UC no meio da cidade de Belém que, por si só, já é desafiador manter esse espaço conservado, tendo em vista a ação humana desmedida sobre nossas florestas. Sem falar na beleza natural que nos deparamos ao caminhar por ele. Já conheci muitas UCs na Amazônia e o Utinga, com toda certeza, está na minha lista como uma das mais bonitas e preservadas”, afirmou a especialista.

O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, afirmou que os pesquisadores e estudantes retornam às suas instituições com novos conhecimentos e uma maior conscientização sobre a importância da preservação ambiental.

“O Parque Estadual do Utinga, por sua vez, continua desempenhando um papel fundamental na proteção da biodiversidade amazônica e na promoção da pesquisa científica. Sua contribuição para o avanço da ciência botânica é inestimável, e a visita de especialistas renomados só reforça o valor desse espaço natural como um laboratório vivo para estudos e descobertas”, ressaltou Nilson Pinto.

Ao final, os participantes do 73º Congresso Nacional de Botânica expressaram sua gratidão pela oportunidade de conhecer a UC e ressaltaram a importância de eventos científicos que promovam o contato direto com a natureza. A experiência vivenciada certamente deixará boas lembranças em suas pesquisas e na conscientização sobre a necessidade de proteger e preservar a biodiversidade amazônica.