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EDUCAÇÃO PÚBLICA

Preparação para o Enem mantida pela Seduc reúne 300 alunos de segunda a sábado

A iniciativa é destinada a estudantes de baixa renda da rede estadual de ensino e para quem já finalizou o ensino médio

Por Carol Menezes (SECOM)
31/10/2023 18h35

O cursinho promovido pela Seduc beneficia estudantes da rede estadual As aulas preparatórias para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), promovidas gratuitamente desde o início de outubro pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), para estudantes de baixa renda da rede estadual de ensino e para aqueles que já finalizaram o ensino médio entram na reta final. Com a iminência da realização das provas, marcadas para os dias 5 e 12 de novembro, cerca de 300 participantes, que frequentam as aulas de segunda-feira a sábado, nos turnos da tarde e da noite na Escola Estadual Dom Pedro II, no bairro do Marco, já fazem as últimas revisões nas áreas de Humanas, Linguagens, Redação, Matemática e Ciências da Natureza.

O cursinho é frequentado por quem passou por seleção, realizada de acordo com critérios socioeconômicos que constam da base de dados do sistema da Seduc.

Marília Corrêa integra a equipe de professores do cursinhoProfessora de Redação e uma das ministrantes do curso, Marília Corrêa conta que cerca de 300 alunos participam diariamente das aulas. Além da atenção e dedicação, ela garante que os colegas incentivam uns aos outros a manter o afinco nos estudos no intento de conseguir o melhor resultado possível.

"Foram muitos inscritos. Houve uma seleção prévia, e é muito visível o compromisso desses que conseguiram entrar. Eles se mantêm estimulados, e estimulam os outros. Eles sempre falam do quanto é importante uma iniciativa como essa, que não pode deixar de ocorrer", relata a docente. Dentre os estudantes, há moradores de toda a Região Metropolitana de Belém (RMB).

Ansiedade - Na reta final, segundo Marília Corrêa, a ansiedade é o maior adversário dos inscritos. "Claro que há dúvidas comuns, como de estrutura textual, habilidades, correção das provas, mas sempre digo para que eles confiem na construção que vêm fazendo desde o primeiro dia de aula. Porque a gente vê mais insegurança do que dúvida mesmo, e eles estão preparados, estão reforçando com revisões nessas últimas duas semanas", informa a professora.

Maria Ferreira: em busca do nível superiorA média de idade dos estudantes participantes do cursinho fica entre 16 e 17 anos, visto que boa parte deles ainda está finalizando o ensino médio, mas há quem já tenha terminado as três séries há mais tempo. É o caso da técnica em Enfermagem Maria Ferreira, 44 anos. Com a formação técnica, a meta dela, que concluiu os estudos em 2007, é a formação em nível superior na mesma área.

"Nunca tinha feito o curso e estou gostando. Dá para absorver muita coisa. As aulas são legais, estou aprendendo coisas novas. Soube pela internet dessa oportunidade, me inscrevi, mas sabia que era muita gente. Achei até que nem fosse entrar, mas consegui", relata Maria, que está se dedicando integralmente aos estudos neste momento.

Mikaelly Cardoso: revisão objetivaAluna do 3º ano do ensino médio na Escola Dom Pedro II, Mikaelly Cardoso vai fazer Medicina e concilia as aulas obrigatórias com o reforço ofertado pelo cursinho. "As aulas são excelentes! Os professores revisam na essência, de forma objetiva, e a gente compreende mais fácil. Não ia ter condições de fazer esse preparo extra se não fosse essa chance", afirma.

Reforço - Além do cursinho presencial, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), também oferece o programa enempara.sectet.pa.gov.br para os estudantes da rede estadual.

Cerca de 20 mil estudantes de todo o Estado já se inscreveram na plataforma virtual, voltada para os que não conseguem arcar com os cursos preparatórios ou não podem estar em aulas presenciais. Para as Escolas de Ensino Técnico do Estado do Pará, o curso oferece complementação de carga horária.

Enem – O Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Dessa maneira, o Enem tornou-se a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni).

Instituições de ensino públicas e privadas utilizam o Exame para selecionar estudantes. Os resultados são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetros para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).