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Sespa oferece suporte a pessoas com deficiência na primeira Romaria da Acessibilidade

Um posto de atendimento foi instalado para apoiar os romeiros e distribuídos abafadores de ruídos. O trajeto foi mais curto e sem queima de fogos.

Por Caroliny Pinho (SESPA)
21/10/2023 13h05

A romaria era um anseio de quem não pode acompanhar a Imagem Peregrina nos longos trajetosInédita na história centenária da Festividade de Nazaré, a Romaria da Acessibilidade, realizada na manhã deste sábado (21), foi marcada por muita emoção e gratidão dos romeiros, que participaram das homenagens a Nossa Senhora de Nazaré em cadeiras de rodas, com o apoio de bengalas, abafadores de ruídos e da solidariedade de parentes e amigos.

A 14ª procissão da quadra nazarena foi idealizada para o público com deficiência ou mobilidade reduzida. A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) deu suporte aos participantes, entregando abafadores a pessoas com sensibilidade auditiva e mantendo um ponto de atendimento na Travessa Quintino Bocaiúva com a Avenida Nazaré.Emoção e gratidão a Nossa Senhora de Nazaré na primeira romaria dedicada a pessoas com deficiência e mobilidade reduzida

"Nós temos aqui médicos, enfermeiros e toda uma equipe de suporte para receber o romeiro que estiver muito cansado ou debilitado. Temos à disposição ambulância e cadeira de rodas para qualquer emergência, e assim atender à pessoa com deficiência da melhor forma possível”, disse Iracy Tupinambá, coordenadora estadual da Pessoa com Deficiência da Sespa.

Trajeto - A romaria saiu da Basílica Santuário de Nazaré as 8 h e seguiu pela Rua Dom Alberto Gaudêncio Ramos, avenidas Generalíssimo Deodoro e Brás de Aguiar, Travessa Quintino Bocaiúva e Avenida Nazaré. “É muito importante ter essa romaria, pois há muitas pessoas com deficiência que não conseguem acompanhar o Círio ou a Trasladação por ter muita gente em ambos. Aqui a gente consegue ter todo o apoio necessário, sem o sufoco da multidão e com adaptações, como o mapa acessível que poderia ser instalado no celular, além de pessoas da saúde dando apoio para quem precisa”, disse a jornalista Thaiane Martins, que é deficiente visual.Posto de atendimento da Sespa, com profissionais e uma ambulância

Ao longo do trajeto não houve queima de fogos, e o público contou com audiodescrição e tradução em Libras (Língua Brasileira de sinais) da procissão, feita por voluntários da Festividade que estavam no caminhão de som.

Tranquilidade - Sérgio Vasconcelos Júnior, 34 anos, membro da Associação de Ananindeua para Pessoas com Deficiência, tem paralisia cerebral e é cadeirante. Pela primeira vez ele acompanhou uma procissão com tranquilidade. “Essa é a primeira vez que meu filho participa do Círio, pois havia algumas dificuldades para trazê-lo na cadeira de rodas, sendo que os fogos o incomodavam também. Mas agora, com essa procissão inclusiva, nós temos a oportunidade de estar aqui, e eu estou muito emocionada e feliz com isso”, contou Rose Vasconcelos, mãe de Sérgio.

“Essa romaria já era um anseio da pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida, pois a maior dificuldade era o longo trajeto, com um grande número de pessoas que faziam o percurso. Nós, pessoas com deficiência, sentíamos muita dificuldade de nos incluir lá. Agora, com essa romaria, nós temos esse direito assegurado”, informou Iracy Tupinambá.

Apenas um atendimento foi registrado no ponto instalado pela Sespa. “O governo do Estado tem a sensibilidade de entender que geração de saúde é muito maior do que atendimento médico ou terapêutico. Saúde é poder ocupar todos os espaços, participar de todos os eventos, e assim fazer a inclusão de verdade, como está acontecendo hoje aqui”, ressaltou Nayara Barbalho, coordenadora de Políticas para Pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo, da Sespa.