Neurologista da Poli Metropolitana destaca cuidados no tratamento de Alzheimer
Médica Rafaela Feitosa aborda a doença degenerativa que não tem cura e o tratamento paliativo para retardar a progressão da enfermidade
Uma rotina que cai no esquecimento. Não lembrar com quem conversou ontem, o que comeu no café, a receita de uma comida, além de ter alterações no comportamento e sono. Assim o Alzheimer pode se manifestar em algumas pessoas.
A médica neurologista Rafaela Feitosa, que atende na Policlínica Metropolitana, em Belém, orienta que ao primeiro sinal de uma mudança no dia a dia e no modo de vida é importante procurar um profissional. “Os sintomas podem evoluir muito rápido e quando notamos que o esquecimento chegou aos fatos da infância, do passado, é porque a gravidade é maior”, pontua.
A doença é degenerativa e sem cura. Afeta o cérebro e, geralmente, atinge os idosos a partir dos 60 anos. “Em 5% dos casos vemos o diagnóstico ser dado em pessoas mais novas e quando ocorre pode estar ligado à genética”, explica Rafaela Feitosa.
A medicina ainda não descobriu causas que estejam ligadas diretamente a esta degeneração cerebral. Ao que tudo indica, é um processo natural do envelhecimento e que em algumas pessoas ocorre de forma mais acelerada. Na rotina do paciente com Alzheimer, remédios auxiliam paliativamente nos sintomas e no retardamento da progressão. “Mas, o máximo que conseguimos retardar é um ano”, diz a especialista.
A melhor forma de prevenir ou adiar um diagnóstico é se cuidando por meio da prática da atividade física, boa alimentação e evitando vícios como álcool e cigarro. “Orientamos que as pessoas busquem também a chama reserva cognitiva e a gente consegue isso por meio de leitura, jogos”, pontua.
Uma vez diagnosticado o Alzheimer, é necessário que a família adote alguns cuidados básicos na rotina, entre eles, não deixar o paciente sozinho, evitando assim que o mesmo se perca, machuque ou até mesmo automedique.
Atendimentos
A Policlínica Metropolitana dispõe de seis neurologistas em seu time médico e pode ser uma porta de entrada para o diagnóstico. A equipe é capacitada para vários tipos de atendimentos que envolvam sintomas do sistema neurológico. Por mês, são cerca de 1.200 atendimentos realizados.
Caso haja confirmação de algum diagnóstico, o paciente atendido na Poli Metropolitana é encaminhado à uma unidade de saúde de referência no Estado.
Serviço:
A marcação da primeira consulta e exame na Poli Metropolitana é realizada através da Regulação Estadual. Em caso de retorno ou interconsultas, o serviço é mercado pela Central de Relacionamento, na ferramenta do WhatsApp Business no número (91) 98521-5110 e ainda, no e-mail: agendamento.polimetropolitana@issaa.org.br.
O usuário precisa apresentar o documento de identidade com foto (RG preferencialmente), CPF, Cartão Nacional SUS e comprovante de residência (originais e cópia). Caso seja criança e ainda não tenha RG, é possível apresentar a certidão de nascimento e os documentos oficiais da mãe.