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QUALIDADE E PRODUÇÃO

Emater beneficia agricultura familiar levando nova tecnologia na produção do feijão-caupi

As novas espécies de cultivares do tradicional feijão-de-corda ou feijão da colônia, foram apresentadas no Dia de Campo da Embrapa

Por Governo do Pará (SECOM)
03/10/2023 09h25

As novas cultivares de feijão-caupi, o tradicional feijão-de-corda ou feijão da colônia, foram apresentadas numa ação de Dia de Campo realizada pela Embrapa Amazônia Oriental, na sede do órgão em Belém, na segunda-feira, 02. A nova técnica das cultivares será levada pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão do Pará (Emater) aos produtores, fortalecendo a agricultura familiar no Estado.

Uma equipe de técnicos extensionistas e representantes da diretoria e gestão da Emater participaram do evento. Na ocasião, os pesquisadores da Embrapa apresentaram o trabalho de melhoramento genético do feijão-caupi na instituição e detalharam as características de cada cultivar. Ainda estiveram presentes produtores rurais, pesquisadores e representantes de secretarias de agricultura, instituições de pesquisa e fomento, federações e movimentos sociais.

Novas Tecnologias - As cultivares BRS Bené (grãos marrons), BRS Guirá (grãos pretos), BRS Utinga (grãos brancos) e BRS Natalina (tipo “manteiguinha”) têm potencial produtivo superior às tradicionais atualmente cultivadas no Estado do Pará; porte ereto e semi ereto, facilitando tanto a colheita manual quanto mecanizada; e excelente qualidade de grão.

Tradição na agricultura familiar do Pará, o feijão-caupi, é um alimento proteico com importante papel na segurança alimentar e nutricional das populações locais. O Pará produziu 21 mil toneladas de feijão, em 2022. Desse total, 19 mil toneladas são de grãos de feijão-caupi, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A produção do feijão-caupi no Estado do Pará está ligada à agricultura familiar e tem destaque em sua produção nos municípios de Bragança, Tracuateua, Augusto Corrêa e municípios vizinhos da região.

Na abertura do evento, o chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, Walkymário Lemos, afirmou que uma das missões da pesquisa agropecuária é gerar tecnologia para contribuir com a redução da fome e da pobreza. “Nesse sentido, um dos nossos maiores desafios é fazer com que a ciência chegue até o homem do campo e às populações nas cidades”, completou o gestor.

A Embrapa tem como importante parceira a Emater, que é o principal braço de transferência da tecnologia do órgão federal para o produtor rural, por meio das ações de Assistência Técnica e Extensão Rural. O órgão estadual ficará responsável por levar a nova tecnologia do feijão-caupi para os agricultores familiares.

Presidente da Emater, Joniel Vieira de Abreu também reforçou a necessidade de a ciência estar a serviço da melhoria da qualidade de vida e da redução da pobreza. “E para isso é preciso fortalecer a rede que liga o homem do campo às instituições”, frisou.

Melhoramento - “Com o passar dos anos as cultivares lançadas vão perdendo o seu poder genético, a sua capacidade de produção. É importante que nós, da extensão rural, estejamos próximo à pesquisa para estarmos recebendo esses novos materiais e levando para os agricultores, para que possam estar produzindo esse novo feijão para sua própria segurança alimentar. A capacidade proteica do feijão-caupi é um espetáculo”, explicou o engenheiro agrônomo da Emater, Kleber Perotes, que atua na Unidade de Ater, Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (Uaterp) da Emater que fica localizada dentro da Embrapa. “Melhorando a segurança alimentar deste agricultor familiar, de uma cultivar altamente produtiva, você permite a ele, destinar parte da sua produção para seu consumo, mas também seu excedente para comercialização agregando renda à propriedade”, concluiu.

Metro - A Emater e a Embrapa estão analisando as possibilidades da produção de feijão de metro. “Além da apresentação das novas cultivares, estamos expondo aqui ainda, em caráter de apresentação e não de lançamento, de dois materiais de feijão de metro que podem ser trabalhados em conjunto com a Emater num futuro próximo. A partir de um instrumento jurídico, devemos trabalhar nos próximos meses essa tecnologia, para que a Emater possa multiplicar esse material e fornecer para os agricultores familiares que são o principal foco de produção desses materiais”, contou Bruno Giovany de Maria, chefe adjunto de Transferência de Tecnologia, da Embrapa Amazônia Oriental.

Texto: Sarah Mendes/Ascom Emater