Sespa lança campanha do Outubro Rosa na Usina da Paz da Cabanagem, em Belém
A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) lançou, neste domingo (01), a campanha do Outubro Rosa que este ano traz o tema "Vem te cuidar" e a novidade de se estender até o mês de dezembro em todo o Estado.
"A importância de estender a campanha é fortalecer o acesso, pois às vezes as mulheres trabalham o dia todo, não têm tempo e aos sábados e domingos há mais disponibilidade para buscar esses serviços. Por isso, neste período ofertaremos essas vagas extras para que essas mulheres já saiam com suas consultas e exames agendados não só na capital, mas em várias cidades interior do estado", disse Patrícia Martins, coordenadora de Oncologia da Sespa.
Em Belém, a cada sábado a ação acontecerá em uma Usina da Paz diferente. A programação da campanha também acontecerá nos hospitais regionais de Marituba, Abaetetuba, Barcarena, Santo Antônio do Tauá, Castanhal, Capanema, Santarém, Juriti, Itaituba, Altamira, Redenção, Tailândia e Tucuruí, sendo que cada unidade escolherá seu Dia D para as ações de saúde.
Entre os objetivos da campanha deste ano estão o fortalecimento e a detecção precoce dos cânceres de mama e cólo do útero, além da facilitação ao acesso a rede estadual de média e alta complexidade composta pelo Hospital Ophir Loyola (HOL), Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, Hospital Regional Castanhal (HRPC), Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) e Hospital Regional de Tucuruí (HRT).
Segundo a Coordenadora de Oncologia da Sespa, Patrícia Martins, a expectativa é que nestes três meses sejam realizadas 3 mil consultas ginecológicas, 1.000 biópsias de colo do útero e colposcopia, mil cirurgias ginecológicas, 115 reconstruções mamárias pós mastectomia, 400 cirurgias mamárias, mil biopsias de mama, 10 mil ultrassonografias mamárias e ginecológicas, 15 mil mamografias e 3 mil consultas com mastologista.
Neste domingo, foram realizados 222 atendimentos, sendo ofertados serviços de marcação de exame de mamografia, exame clínico das mamas, consultas com clínica médica e ginecologia, vacinação, avaliação nutricional, farmácia, testes rápidos para sífilis, HIV e Hepatites B e C, além de atendimentos de enfermagem para verificar glicemia, pressão arterial, temperatura e saturação.
Dona Maria Helena Simões, autônoma, mora em frente a Usina da Paz da Cabanagem e soube pelos vizinhos sobre a ação desse domingo. Ela conta que trabalha todos os dias e por isso não consegue ir ao médico com frequência. "É difícil conseguir uma consulta e eu tenho uma vida corrida, por isso não consigo ir ao médico tanto quanto eu gostaria. Então hoje eu aproveitei para fazer mamografia, preventivo e a consulta com a ginecologista. Eu acho essas ações muito importantes, por isso até indiquei para minha mãe e minhas irmãs", comentou.
Seu Miguel Trindade, pedreiro, veio acompanhar a esposa no exame de mamografia que já não era realizado há muito tempo. "Ela não fazia os exames dela há muito tempo e eu acho importante acompanhá-la nessas situações para dar força. Esse é meu dever como companheiro e eu acredito que a comunidade precisa muito de ações como essa do governo", afirmou o senhor.
Câncer de mama - No Pará, a expectativa é que sejam registrados 1.020 novos casos de câncer de mama somente este ano. A doença tem como fatores de risco a obesidade, o sedentarismo, o uso prolongado de contraceptivos e histórico familiar. Os especialistas recomendam que ao perceber mudança de textura na pele das mamas, lesão que não cicatriza, secreção ou, ainda, afundamento e/ou endurecimento da pele, um médico seja consultado imediatamente.
"A política da saúde da mulher trabalha principalmente a prevenção e a promoção e isso inicia com as secretarias municipais de saúde onde o primeiro acesso acontece nas unidades básicas mais próximas das pacientes. Nesses locais as mulheres são avaliadas e encaminhadas para os locais de referência. Outro chamado é voltado aos profissionais de saúde para que conheçam seus territórios e saibam onde estão as mulheres das faixas etárias indicadas para os exames. É importante que eles as tragam para realizar esse primeiro atendimento para fortalecer os diagnósticos precoces", disse Nicolli Vieira, Coordenadora Estadual da Saúde da Mulher.
