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Curso de utilização de drones qualifica perícia criminal no estado

Recurso auxiliará no levantamento de dados com maior precisão, resultando na produção de laudos periciais com maior qualidade

Por Thiago Maia (Pol. Científica)
21/09/2023 10h57

Peritos criminais, auxiliares técnicos de perícia e servidores administrativos da Polícia Científica do Pará (PCEPA) estão realizando o Curso de Utilização de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARPs), promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento e Pesquisa (Coapes), da PCEPA. A formação integra o Programa de Capacitação Continuada 2023 da instituição, e se estende até esta sexta-feira (22), no Instituto de Ensino de Segurança do Pará (IESP), em Marituba.

A qualificação técnica para a operação do drones, como são popularmente conhecidas as ARPs, é parte da política de investimentos feitos pela Segurança Pública do estado na área de tecnologia. 

O curso, que consta com a presença de 38 servidores da Polícia Científica, possui 55 horas de duração e foi dividido entre os aspectos teóricos e práticos. Os participantes aprendem sobre o manejo do equipamento, aplicativos de controle, legislação vigente no país, orientações de segurança pessoal e coletiva, entre outros tópicos. A parte prática final consiste em uma simulação na qual os servidores terão que pilotar a aeronave dentro de um veículo em movimento, reproduzindo uma situação de crise, comum às situações que agentes de segurança pública encontram em missões.

“As ARPs proporcionam a visão de planos diferentes, o que é muito útil nos levantamentos que a perícia criminal precisa, além de proporcionar também o manejo do equipamento em lugares seguros, como perícias em pontes e em lugares de mais difícil acesso. As matérias do curso foram totalmente voltadas para o trabalho que a Polícia Científica faz, dando enfoque a conhecimentos específicos para cada setor pericial, como engenharia, tecnologia da informação, entre outras áreas”, afirmou Antônio Donato, instrutor do curso e sargento da Polícia Militar do Pará.

Peritos e demais servidores de todas as coordenadorias do interior também estiveram presentes na formação. “O diferencial (do curso) é que foi modelado para atender as peculiaridades da atividade pericial na segurança pública, possibilitando o levantamento de dados e realização de tomadas fotográficas estratégicas em perícias de locais de crime, acidentes de trânsito, engenharia, ambiental, entre diversas outras áreas de abrangência da Polícia Científica. O curso ajudará nossos laudos a ficarem mais claros e ilustrados, facilitando assim o entendimento pelas autoridades policiais, promotores, juízes e outros operadores do direito”, afirmou o perito criminal Lennon Valle, da Coordenadoria Regional de Altamira.

Para o coordenador da Coapes, o perito criminal José Alberto Sá, “o curso é fruto de um esforço de qualificação dos peritos criminais e demais servidores não só da sede, mas de todas as coordenadorias regionais do Pará. A Direção Geral do órgão disponibilizou vagas para todos os inscritos, além de passagens e diárias para os que vieram dos interiores para que pudéssemos qualificar nossos servidores. A capacitação é importante, pois este equipamento já está sendo utilizado em perícias de grande repercussão e tem se mostrado decisivo na coleta de informações, vestígios, impactos, e, por isso, o órgão quer expandir a qualidade das perícias e já está em processo de aquisição destes equipamentos para as coordenadorias regionais”, explicou o perito.

Texto: Amanda Monteiro/Ascom PCEPA