Emater realiza curso sobre tecnologia de cultivo e processamento da mandioca em Rondon do Pará
A proposta é capacitar os agricultores para aprimorar suas práticas e agregar valor aos produtos derivados da raiz
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) está promovendo um curso sobre tecnologia de cultivo e processamento de mandioca, no Projeto de Assentamento Nova Vitória, no município de Rondon do Pará, na região de integração do Rio Capim. A atividade iniciou-se na última terça-feira (19), e segue até a quinta-feira (21).
O objetivo da programação é capacitar os agricultores para aprimorar suas práticas e agregar valor aos produtos. A iniciativa é fruto da mobilização do Escritório Local de Rondon do Pará em parceria como a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Agricultura e Pecuária,
“A ideia é capacitar os agricultores e potencializar a cadeia produtiva da mandioca, que é muito significativa aqui para o município”, explicou o coordenador do Escritório Local da Emater, em Rondon do Pará, Francisco Camilo dos Santos Filho.
Programa - A abertura das atividades ocorreu com a introdução teórica sobre tecnologias de cultivo e processamento da mandioca, já pela tarde foram compartilhadas práticas sobre descascamento, trituração e prensagem do tubérculo.
“A mandioca é um alimento que sempre fez parte da vida dos povos amazônicos, sendo considerada pelas comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas, como o pão que brota da terra”, explicou a ministrante do curso e coordenadora do Escritório Local de Moju, da Regional Tocantins da Emater, Marizita Lima.
O supervisor da Emater-Pará, da Regional Marabá, Fernando Araújo, abordou a diversidade de aproveitamentos dessa raiz. “É rica em fécula e excelente fonte de energia alimentar. Seus principais derivados são a farinha, beijus, tapioca, bolos, mingau, carimã, tucupi, maniçoba, tacacá e outros. A farinha é base da alimentação do paraense e um produto de grande valor econômico”, pontuou.
Estão participando da programação 20 agricultores familiares da comunidade Vila 17 de Abril, como a produtora Elissandra Lima Silva, de 47 anos, que tem uma agroindústria e que faz o beneficiamento de 3 mil sacas de farinha por ano. “Eu estava ansiosa para começar o curso. Nós queremos ampliar os nossos conhecimentos sobre mercado visando a comercialização. Pretendemos, futuramente, produzir a puba e a farinha de tapioca. Estou muito satisfeita dentro das nossas expectativas”, comentou.
Em Rondon do Pará, a farinha da mandioca está sendo vendida hoje no atacado a R$ 7 o quilo e R$ 350 a saca. Já no varejo, o alimento é comercializado a R$ 8,00 o quilo.
Programação
Dia 20/09 - manhã e tarde
- Estudo teórico e prático sobre o processo de produção: peneiramento da massa, escaldamento, resfriamento, peneiração e torrefação, descascamento, trituração e prensagem
Dia 21/09 - manhã
- Estudo e práticas sobre classificação e embalagem de farinha. Encerramento e entrega de certificados para os participantes.
Texto: Sarah Mendes/Ascom Emater