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CULTURA GEEK E REGIONAL

Beco do Artista reúne ilustradores, quadrinistas e artistas gráficos na 26ª Feira Pan-Amazônica do Livro

Este ano, dezenove barracas abrigam os trabalhos dos artistas selecionados a partir de um chamamento público da Secretaria de Estado de Cultura (Secult)

Por Governo do Pará (SECOM)
15/09/2023 12h32

O trabalho de ilustradores, quadrinistas e artistas gráficos pode ser conhecido pelo grande público no Beco do Artista, um espaço dedicado exclusivamente a esse universo dentro da 26ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, realizada no Hangar Centro de Convenções, em Belém. A diversidade de produtos traz as populares histórias em quadrinhos, além de livros, bottons, canecas, adesivos, quadros, vestuário, ecobags e cultura regional e geek em geral.

O quadrinista Rodrigo Gomes, de 30 anos, é um dos artistas presentes no Beco. Ele conta que participa pela primeira vez, por meio do coletivo Capivara Astronauta, criado em 2017 após uma oficina de quadrinhos do Curro Velho.

Rodrigo Gomes é um dos quadrinistas participantes“Nosso coletivo reúne cinco ilustradores e quadrinistas; aqui tem o trabalho de todos. Tem sido importante estar aqui e ver o público interessado nas nossas artes. Temos itens diversos e isso faz com que o público sempre se interesse”, avalia.  
 
A assistente social Nara Oliveira, de 31 anos, que visitava o espaço na quinta-feira (14), foi uma das pessoas curiosas pela produção da Capivara Astronauta. “Gosto bastante de cultura geek, quadrinhos e etc. Estou percebendo bastante representatividade negra nos trabalho dos artistas daqui, além da pegada regional. Isto é algo muito bem positivo porque faz parte da nossa cultura também”, disse. 

Meio Ambiente - Leonardo Dressant, de 45 anos, é escritor de HQs há 13 anos. No Beco do Artista, ele apresenta ao público sua coleção “A turma do Pitiú e Xibé”, dois urubus que moram no Ver-o-Peso e compartilham ensinamentos sobre o meio ambiente. O terceiro HQ da coleção está sendo lançado este ano na Feira. “Todo o meu trabalho é baseado nessa temática para crianças. Acredito no quadrinho como ferramenta modificadora da sociedade”, afirma. 

Leonardo Dressant é escritor de HQs e apresenta trabalhos com temática regionalEste é o terceiro ano que Leonardo garante presença na área dedicada a essa arte. “Sempre participo do edital. Acho uma iniciativa louvável abrir este espaço para quadrinho paraense em um evento com a dimensão que é a Feira do Livro. Temos grandes nomes que são valorizados demais lá fora, mas não aqui no nosso próprio Estado porque muita gente desconhece nosso trabalho. Precisamos cada vez mais de apoio e visibilidade para o quadrinho regional, e essa é uma excelente oportunidade”, avalia.

Aprendizagem - A professora de sociologia Danna Dias, de 31 anos, adquiriu quadrinhos com o objetivo de mostrá-los aos seus alunos. “Estou trabalhando em um projeto sobre a história do Pará, e também do Brasil, usando quadrinhos como ferramenta. Quero usar esses como exemplos para que meus alunos possam criar quadrinhos sobre a história das populações tradicionais da Amazônia. Quero que eles produzam seus próprios quadrinhos”, contou.

A professora Danna Dias conta que pretende utilizar o material adquirido como recurso pedagógicoPara ela, é fundamental valorizar a produção regional e aliar na aprendizagem em sala de aula. “Ensinarmos pela perspectiva da nossa cultura é mais eficaz e significativo, pois usamos  exemplos da nossa região e os alunos se identificam melhor. Hoje em dia, os alunos tendem a se envolver mais com o aprendizado quando há elementos visuais, como os quadrinhos. É uma maneira de valorizar nossa cultura de forma mais atrativa”, defendeu. 

Este é o terceiro ano que a Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes traz o Beco do Artista. Todos os expositores foram selecionados a partir de um chamamento público da Secretaria de Estado de Cultura (Secult). A seleção foi realizada através da plataforma Mapa Cultural e baseou no portfólio de cada artista, além dos trabalhos que cada um pretendia apresentar durante a Feira. Este ano, dezenove barracas de paletes abrigam os trabalhos dos artistas no espaço.  

Texto: Amanda Engelke/Ascom Secult