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Infância foi o tema do segundo dia da Feira Pan-Amazônica do Livro

Por Governo do Pará (SECOM)
10/09/2023 17h39

As várias possibilidades literárias acerca do universo infantil guiaram os bate-papos e demais atividades durante a manhã e a tarde deste domingo (10), segundo dia de programação da Feira Pan-Amazônica do Livro. A Arena Multivozes, espaço central no Hangar Centro de Convenções dedicado à programação principal do evento, reuniu desde cedo dezenas de pessoas interessadas no tema. E as crianças, é claro, também marcaram presença.  

A pequena Ágatha Diniz, de 5 anos, foi uma delas. “Tava andando e escutei a música, aí  pedi pra minha vovó me trazer. Achei legal”, contou a menina. Ela estava acompanhada pela sua bisavó Ilka Dias, de 64 anos, que contou que elas vieram de Ananindeua para acompanhar a programação. “Sempre que posso trago meus netos. Domingo é dia deles passearem comigo. Estamos gostando bastante; é bom ter esse tipo de programação para crianças”, opinou. 

A programação da arena teve início às 9h30. A apresentadora Júlia Passos foi a responsável por chamar ao palco a atriz e contadora de histórias paraense Ester Sá. A programação intitulada “Entrelaçando Literatura, Brinquedos e Brincadeiras Populares” contou com a participação do grupo Tambor de Dentro, que tratou de animar o público com muita música em meio às histórias narradas por Ester. A conexão entre a fala e a música prendeu a atenção do público. 

Às 14h, foi a vez de Simone Jares, Cris Rodrigues e Giselle Griz apresentarem ao público da arena Multivozes um bate-papo sobre a “Literatura que Canta, Conta e Desenha”, com mediação de Rita Melém. A conversa abordou as múltiplas possibilidades de linguagens, com exemplos de livros e projetos de livros-imagens e da literatura cantada. 

“A palavra pode ser dita. Ela está no corpo, ela pode ser falada, cantada. Ela é movimento. Ela pulsa de múltiplas maneiras”, defendeu Cris Rodrigues, enquanto Giselle Griz exemplificou ao apresentar seu projeto de musicalização do livro “Paca, Tatu, Cutia não!”, de Juraci Siqueira. “São infinitas possibilidades. Eu estou com uma guitarra, mas o som está em toda parte, inclusive no nosso próprio corpo”, disse.

Às 15h30, Ana Selma Cunha e Selma Maria (SP) exploraram o poder da poesia na literatura infantil, em uma conversa mediada por Janete Borges na mesa “Poética da Infância: Literatura para Pequenos Leitores”. Na ocasião, ambas as  autoras defenderam o incentivo e o convite à leitura e à brincadeira. “Cabe a nós, adultos, introduzirmos nossas crianças neste universo”, disse Selma Cunha. 

“Falta nós sairmos do nosso lugar de adulto e nos despirmos do nosso olhar. Existem muitos mundos, muitas realidades. A riqueza imagética de todas as crianças é muito forte. Nos lugares em que não se tem acesso ao celular, se tem ao livro. Essa inserção das nossas crianças ao universo literário é fundamental”, disse a poetisa e arte educadora paulista, Selma Maria. 

Hoje, a programação da Feira Pan-Amazônica do Livro é integralmente dedicada às “Vozes da Infância”. O destaque do dia, além das atividades da Arena Multivozes, que seguem até as 19h, é o show do Mundo Bita, às 18h. O projeto infantil, iniciado em Recife (PE), pelo cantor, compositor e artista circense, Chaps Melo, é considerado um dos maiores fenômenos da animação brasileira, colecionando hits como “Fazendinha” e “Fundo do Mar”.

Texto: Amanda Engelke /Ascom Secult