Tony Blair elogia o Pará, destaca COP 30 e aponta que desafio climático passa por energia renovável
Governador Helder Barbalho se reuniu com o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, sobre a COP e modelos sustentáveis da bioeconomia
Após uma reunião reservada com o governador do Pará, o ex primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, afirmou que o desafio global do clima passa pela associação da energia renovável e o desenvolvimento sustentável dos países emergentes. Tony Blair abordou o assunto, nesta quinta-feira (31), na Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, em Belém.
Na oportunidade, o ex primeiro-ministro do Reino Unido relatou que é sua primeira visita ao Estado do Pará e destacou o feito do Estado em conseguir ser eleito para sediar uma edição da Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas (COP 30) em 2025. Tony Blair revelou que ficou admirado com o Pará.
“Nós estamos aqui em Belém, e será este mesmo o local em que será organizada a COP30 no estado do Pará. E a propósito, é a primeira vez que eu venho aqui, neste Estado brasileiro. E é um belíssimo estado, é um prazer, estar aqui. Então este [COP] será um evento realmente de grande vulto, o que acontecerá em 2025”, disse.
Tony Blair ponderou que a Amazônia pode ser um exemplo de solução climática. “Todos sabemos que a Amazonia pode sim ser a solução. Se for fazer isso, tem que ser do jeito certo. Você precisa, de um grande plano que seja fonte de credibilidade”, avaliou o ex-primeiro-ministro de forma objetiva.
O ex-primeiro-ministro inglês reforçou a responsabilidade dos países desenvolvidos nos impactos climáticos e chamou atenção para os países emergentes que estão em desenvolvimento e que, por falta de recursos financeiros, podem optar por fontes de energias não renováveis.
“Historicamente, a responsabilidade reside nas mãos dos países desenvolvidos. Dos países ricos do norte global. Contudo, o que acontece hoje em dia é que dentro desses países as emissões estão de fato caindo. Então, até 2030, quando você somar todas as emissões dos Estados Unidos, da América e da Europa, a contabilização Sera de aproximadamente 20 % das emissões globais. Agora os países em desenvolvido querem crescer”, contextualizou.
“Eu não posso dizer aos presidentes, não desenvolva o seu país, porque eles vão desenvolver. Eles precisam desenvolver, eles devem desenvolver. Então a questão é, novamente, como é que a gente consegue estabelecer um arcabouço em que existam os incentivos para a aceleração da adoção dessa tecnologias sustentáveis”, completou Blair.
O ex-primeiro-ministro acredita que o mundo vai continuar a crescer e as autoridades precisam atuar para remover as pessoas das páginas de pobreza. “Nós temos que continuar a possibilidade de desenvolvimento. Então toda a questão é como fazer isso sustentável. E é exatamente o equilíbrio entre sustentabilidade e desenvolvimento que serve essa questão. E é o equilíbrio entre segurança energética, e proteção do clima. E as respostas residem em soluções de financiamento e na criação de novas soluções”, salientou.
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