Sigema Itinerante iniciará no município de Tomé-Açu em outubro deste ano
A programação se estenderá a Bragança, Santarém e Marajó para divulgar a 2ª edição do seminário, que será em fevereiro de 2024, e reunirá representantes do Brasil e de países convidados
Com a finalidade de promover e realizar atividades preparatórias para o Seminário Internacional de Indicação Geográfica e Marcas Coletivas (Sigema 2024), serão realizadas programações itinerantes em diferentes Regiões de Integração do Estado. O Sigema Itinerante – como está sendo denominado o evento prévio – iniciará pelo município de Tomé-Açu (RI do Rio Capim), a partir do mês de outubro deste ano.
O Sigema Itinerante está previsto de ser realizado também em Bragança (Região de Integração do Rio Caeté), em Santarém (RI do Baixo Amazonas) e no Marajó.
A proposta foi tirada durante a participação da representante da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), engenheira agrônoma Márcia Tagore, no XII Seminário de Sistemas Agroflestais de Tomé-Açu (Safta), encerrado na última sexta-feira (25), e que foi realizado durante três dias na sede da Associação Cultural e Fomento de Tomé-Açu (ACTA).
A servidora, que é responsável pelas Indicações Geográficas e Marcas Coletivas na Sedap e coordena o Fórum Estadual de IG e Marcas Coletivas, informou que a finalidade do Sigema Itinerante é ampliar o conhecimento acerca da IG e estabelecer ações de efetivo uso do sinal distintivo pelos produtores que estejam em conformidade com o caderno de especificações depositado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), que é a instituição quem concede o registro legal de IG no Brasil.
De acordo com a engenheira agrônoma, durante o seminário em Tomé-Açu, foi realizada uma reunião para tratar assuntos pertinentes ao incentivo à Indicação Geográfica do cacau de Tomé-Açu. A amêndoa de cacau do município recebeu o reconhecimento de Indicação Geográfica (IG), na espécie de Indicação de Procedência (IP), em 2019.
Além da representante da Sedap, participaram da reunião o presidente ACTA, Sílvio Shibata e o presidente da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Áçu (Camta), Alberto Opata. O encontrou contou, também, com a participação de representantes da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Prefeitura Municipal de Tomé-Açu. “Nesta reunião foi tirada a proposta de realizar o Sigema Itinerante; vamos começar por Tomé-Açu, também planejamos a realização em Bragança e Santarém e no Marajó”, informou a engenheira agrônoma.
O evento também objetiva incentivar a produção de derivados do cacau, como nibis, chocolate, geléia e outros, envolvendo o segmento das mulheres dos produtores de cacau, conforme esmiuçou a coordenadora do Fórum IG. “A ação é importante por tratar questões técnicas, mas também para divulgar o produto e o território. Ações da IG casam com as propostas do Safta e somam ao atrativo turístico, fortalecendo a rota da imigração japonesa e demais ações de políticas públicas já em curso no município, envolvendo diversas instituições do Estado e parceiros não governamentais”, declarou a servidora da Sedap.
O II Sigema 2024 está previsto para ser realizado em fevereiro. O primeiro ocorreu dois anos atrás, no formato virtual por conta das restrições impostas pela pandemia do coronavírus.