Emater é sede de evento nacional sobre os serviços da extensão rural na Amazônia
Por quatro dias, esta semana, extensionistas, dirigentes, gestores e lideranças sociais discutem os avanços, desafios e oportunidades da extensão rural
Ideias para melhorar o serviço de assistência técnica e extensão rural públicas para a agricultura familiar amazônica, no contexto da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-30), vão compor os anais da Reunião Nacional do Conselho Deliberativo da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Assistência Técnica, Extensão Rural e da Pesquisa do Setor Público Agrícola do Brasil - Faser.
Desde a última segunda-feira (21), um evento nacional promovido até esta quinta-feira (24), discute propostas para a agricultura familiar na Amazônia, no auditório do escritório central da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), em Marituba, na Região Metropolitana de Belém (RMB).
A organização é da Faser, em parceria com a Associação de Servidores e Ex-Servidores da Emater-Pará (Assempa) e do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Agropecuário e Fundiário do Estado do Pará (Stafpa), com o apoio da Emater.
Sob o tema "Sustentabilidade da Ater Pública na Amazônia Brasileira: Desafios e Oportunidades”, mais de 100 especialistas da área, dirigentes, gestores e lideranças sociais nos 144 municípios paraenses e em 12 estados brasileiros participam presencialmente ou pela internet, via transmissão ao vivo pelo youtube.
O dia a dia dos agentes públicos dos governos estaduais, que atuam de forma direta e indireta nas milhares de propriedades rurais de micro, pequena e média atividades comporá o documento especial a ser apresentado para todos os governadores. A ideia é assegurar novas abordagens, críticas construtivas e sugestões sobre as políticas públicas que integram prefeituras e a esfera federal, bem como os poderes legislativos.
“É uma oportunidade de ver e ser visto: uma vitrine, um laboratório e um encaminhamento sólido e útil de tudo o que fortalece a ater oficial. Cada vez mais, percebemos e assumimos a responsabilidade em um processo contínuo e complexo de desenvolvimento sustentável coletivo”, aponta a presidente da Assempa, Jaira Pimentel.
O coordenador geral da Faser, Cláudio Fidélis, ressalta a performance de agenda ambiental e de produção de alimentos: “Protagonizamos capilaridade, alcance, distribuição e eficácia de políticas públicas, muitas vezes em localidades longínquas ou invisibilizadas. É um papel de segurança alimentar, combate à fome, difusão tecnológica e geração de trabalho e renda”, adianta.
Programação - Neste último dia de programação, autoridades e representantes de entidades como o Sindicato e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) debatem potencialidades das cadeias produtivas, sociobiodiversidade e realidade rural da Amazônia. Ainda, agricultores de seis municípios contarão suas histórias de origem, produção e atendimento.
Para o secretário de estado da agricultura familiar do Pará, Cássio Pereira, “não há como se falar em campo sem falar em ater pública. É central e mais importante ainda quando se pensa em Amazônia. No Pará, por exemplo, são 37 milhões de hectares pelo trabalho da agricultura familiar. É preciso incluir, valorizar, entender e unir”, afirmou, em mesa solene.
Na ponta - O assistente administrativo da Emater no escritório local de Abaetetuba, na região do Tocantins, participa sempre das reuniões da Faser: “Nós, os extensionistas da ponta, os que estão no campo, nos rios, nas florestas, etc., temos muito o que dizer e o que propor. Eu acho que é um momento de reflexão e de solução”, indica.
Em Abaetetuba, a Emater atende cerca de 500 famílias, com ênfase em extrativismo de açaí e plantio de mandioca.
Texto da Ascom Emater
