Capanema sedia segunda escuta social para a elaboração do 'Pará 2050'
Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp) apresentou os fatores estratégicos para a construção do robusto planejamento estadual
Em busca de um futuro sustentável com mais igualdade e oportunidade para toda a população paraense. O governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad), realizou nesta terça-feira (22), a segunda escuta social para a elaboração do Planejamento Estratégico de Longo Prazo do Estado - Pará 2050. O evento ocorreu em Capanema, nordeste do Estado, com a participação de autoridades, representantes do poder legislativo e executivo e parceiros institucionais.
A escuta social desempenha um papel fundamental no Pará 2050, constituindo-se como um elemento central. Seu propósito consiste em captar as vozes de setores variados da sociedade, viabilizando a incorporação de suas demandas, perspectivas e sugestões no processo de planejamento estratégico. Por meio dessa abordagem inclusiva, busca-se assegurar a representatividade de todas as áreas do Pará, incluindo suas particularidades, o que por sua vez fortalece a base produtiva, e a economia local, potencializando os índices sociais e impulsionando a sustentabilidade ambiental.
Nazaré Nascimento, secretária adjunta de Modernização e Gestão Administrativa da Seplad, reforça a importância da participação popular na construção do Pará 2050.
“Esse é um momento de escutar a sociedade civil, é um momento em que a gente vai colher as demandas da população para que possamos fazer políticas públicas eficientes. E para isso precisamos escutar e verificar qual o tipo de política pública vamos adotar, verificar se é viável, se existe viabilidade financeira, se ela pode ser implementada, e qual mudanças de fato, vai gerar para a sociedade lá em 2050. O Pará 2050 é um planejamento a longo prazo, então a gente começa a pensar, como é que eu quero ver o meu Estado em 2050? o que eu quero para o meu estado? Então é um momento em que a gente busca escutar a sociedade para que a gente possa fortificá-la, e para que lá em 2050 possamos ter um plano e um estado mais desenvolvidos, mas sustentável, e que traga políticas públicas mais eficientes para a sociedade”, reforçou a secretária.
Durante o evento foram discutidos temas essenciais para o desenvolvimento do Estado, englobando desde a redução da pobreza e das disparidades regionais até a igualdade na distribuição de renda. E também, foram abordados temas como a regularização de terras e o planejamento territorial, com a finalidade de encontrar soluções abrangentes e inclusivas.
O vice-prefeito de Capanema, Claudionor Moreira, mostrou entusiasmo pelo desenvolvimento sustentável e reconheceu as dificuldades enfrentadas pelos agricultores na região. Ele propõe melhorar as condições de vida, gerar empregos, incentivar a indústria e investir na educação dos agricultores e jovens. E destaca também a importância de resolver essas questões antes de pensar em preservação ambiental. “A proposta que eu deixo para esse tema de futuro desenvolvimento sustentável é a gente primeiro trabalhar uma geração de emprego, a gente dar incentivo para a indústria, dar uma condição melhor para o nosso agricultor, nós temos que mecanizar a nossa agricultura, e temos que botar semente para essas pessoas terem condição de produzir”.
Diagnóstico - Durante a apresentação do diagnóstico e cenários, exibido pela Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), foram mostrados os fatores estratégicos do Pará 2050, onde serão focados os trabalhos em pequeno, médio e longo prazos, sendo eles, segurança pública, saúde, educação, produção, mineração, turismo, gênero, jovens, infraestrutura, comunidades tradicionais, habitação, organização fundiária e outras.
José Medeiros Filho, Secretário de Agricultura de Capanema, fala como é fundamental projetar um futuro sustentável com base no presente. E que ao agir de forma responsável e colaborativa, o Pará se tornará uma potência econômica no Norte do Brasil, melhorando as condições para sua população e conquistando seu lugar de direito.
“É muito importante quando você projeta o futuro com base sólida do que você tem no presente. Quando você projeta as ações visando um futuro com desenvolvimento sustentável, você está na perspectiva de ter dias melhores, condições melhores para toda a população paraense que se engaja nesse processo, cada um agindo com responsabilidade dentro da sua área, cumprindo o seu papel junto com os governos e com as lideranças para esse desenvolvimento. Nós ainda temos 27 anos para desenvolver esse projeto e não temos dúvida que estamos preparando um Pará com um futuro muito promissor. O Pará vai ocupar um espaço que de fato lhe é direito, lhe pertence e tem que ser ocupado como grande potência do Estado do Norte, um dos maiores estados potencialmente econômicos do Brasil”, falou José Medeiros.
A escuta social representa uma oportunidade para que os povos da região do Pará exerçam sua cidadania e contribuam ativamente para a construção de um futuro promissor. Participar desse processo é um ato de engajamento cívico e responsabilidade coletiva para moldar o destino do estado de forma participativa e representativa.
Patrícia Prata, servidora pública do município de Capanema, se sente feliz e privilegiada com o evento do Pará 2050 em Capanema. Ela acredita que o evento trará benefícios para a cidade e o Estado, e espera que o Pará esteja mais desenvolvido e reconhecido no Brasil até 2050, principalmente com o atual governador Helder Barbalho.
“Eu como moradora estou muito feliz e privilegiada, por Capanema ter sido escolhida uma das cidades para ter esse evento, que é de uma forma muito importante no nosso município, para entrar dentro dessa estratégia, desse desenvolvimento sustentável. Eu acredito que nesse governo atual, o nosso Estado está tendo um desenvolvimento e reconhecimento grande, e com esse planejamento de longo prazo eu espero que até 2050, nosso Pará seja um dos Estados mais desenvolvidos do Brasil”, disse Patrícia.
Com a participação ativa da população e setores diversos da sociedade, o Pará 2050 se apresenta como uma importante iniciativa para sustentar o crescimento do estado, buscando soluções abrangentes e olhando para os desafios futuros.
Mauricio Silva, doutorando em Desenvolvimento sustentável fala sobre a importância de ouvir a sociedade para melhorar o planejamento a longo prazo e atender às necessidades dos cidadãos.
“Como se trata de processo de planejamento de longo prazo, e todo planejamento que realmente vai beneficiar a população e beneficiar a sociedade, precisa ter a participação dos cidadãos. Então, abrir os microfones para que a população possa vir externar suas necessidades, expressar tudo aquilo que eles sentem, necessitam e que os governos, e os governantes precisam atender. Eu acho que é de suma importância. Então, esse projeto é necessário e escutar os cidadãos é uma necessidade, para que possa se planejar melhor e atender melhor a necessidade dos cidadãos paraenses”, contou Maurício.
Além da participação presencial, a população também pode contribuir com o planejamento estratégico do Estado por meio do site www.planejacidadão.pa.gov.br. As contribuições on-line podem ser encaminhadas até o dia 30 de setembro de 2023.