Seap realiza aula magna para candidatos participantes do Grupo de Ações Penitenciárias
Capacitação faz parte de etapa que busca selecionar novos integrantes para compor o efetivo do Grupo de Ações Penitenciárias (GAP), da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) realizou nesta segunda-feira (21), no Instituto de Ensino de Segurança Pública do Pará (IESP), a aula magna para os candidatos do I Curso em Ações Penitenciárias (CAPE). A capacitação possui duração de 50 dias, carga horária de 400 horas e irá selecionar novos integrantes para compor o efetivo do Grupo de Ações Penitenciárias (GAP). A atividade de segunda-feira inicia a segunda etapa do curso, que corresponde ao período do Eixo Teórico de preparação e o início do regime de internato para os 72 candidatos remanescentes.
A abertura do CAPE ocorreu na semana passada, no Centro de Treinamentos de Instruções Especializadas (CIESP), localizado no Complexo Penitenciário de Santa Isabel, na Grande Belém. Durante os três primeiros dias são apresentadas orientações básicas, além de técnicas especiais e importantes para o dia a dia na formação e após, já na rotina da corporação.
A aula magna realizada no IESP inicia a fase de estudos teóricos para os candidatos e segue até o próximo sábado (26). No transcorrer da semana, eles permaneceram em regime de internato no próprio IESP, e já no dia 27 terá início a terceira fase do curso, com o treinamento da parte física, iniciando com a Marcha Administrativa, posteriormente com aulas de Defesa Pessoal, Algemação e o uso da Tonfa. A tonfa é uma extensão do braço do policial, que permite a própria proteção e a imobilização do preso, sem causar nenhuma lesão grave.
O diretor da Escola de Administração Penitenciária (EAP), que coordena o curso, Paulo Cunha, lembra que todo o corpo docente deste edição do CAPE é composto por policiais penais que já integram o GAP ou fazem parte da própria Seap,
Cunha também explica que antes de iniciado o período operacional da formação, os candidatos passaram por avaliação curricular, psicológica e todas as avaliações necessárias para que fosse feita uma seleção para avaliar os realmente aptos à participação do curso operacional.
“Isso permitirá que, ao final do curso, haja policiais penais preparados, tanto do ponto de vista tático, de intervenção e psicológico, para que eles possam atuar nos momentos em que forem atuar, que são os momentos de crise ou mesmo de supervisão dos trabalhos dos demais policiais penais da Seap. É um curso para formar os nossos melhores policiais penais, seja na seleção realizada e mesmo durante o curso, através das provas e etapas de avaliação. Só os melhores ficaram para compor o GAP”, garantiu Paulo Cunha.
Patrícia da Costa Branches é uma das seis mulheres que estão participando do CAPE, e participa pela segunda vez do curso de formação para integrar o GAP. Ela afirma que o curso de intervenção exige muita técnica e orientação. “Eu já estive aqui presente na primeira vez, mas não consegui passar. Agora estou aqui para resgatar aquilo que sonhava, que era continuar a ter um curso operacional pelo GAP”, disse a candidata.
Aula magna - O secretário adjunto de Gestão Operacional (SAGO) da Seap, Ringo Alex Frias, representou o secretário Marco Antonio Sirotheau Corrêa Rodrigues na solenidade e esteve acompanhado do diretor de Administração Penitenciária (DAP), Coronel PM Odenir Margalho, do Comandante do GAP, Julio Cesar Néris, e da Coronel PM Mônica Figueiredo.
Ringo Alex foi o primeiro palestrante do evento, e repassou sua trajetória de 22 anos de experiência dentro do Sistema Penitenciário paraense, passando pela criação da Seap, todo o processo de controle das unidades penais paraenses e as mudanças na gestão administrativa da Secretaria. Ele destacou que a Seap se tornou, atualmente, a referência para outras unidades federativas do país na gestão penitenciária.
O secretário adjunto de Gestão Operacional (SAGO) lembrou que, na semana passada, uma comitiva liderada pelo diretor-presidente do Instituto de Administração Penitenciária (IAPEN), do estado do Amapá, veio conhecer de perto o trabalho desenvolvido pela Seap nas unidades do Complexo Penitenciário de Santa Isabel.
“Fizeram referências elogiosas à nossa gestão pelo controle das nossas unidades, pela padronização dos nossos procedimentos e protocolos. E isso para a gente é gratificante, sermos reconhecidos, e temos parabenizar cada um dos senhores presentes que mantém esse nível de controle das nossas unidades prisionais”, declarou Ringo Alex.
Palestra – A segunda palestra do dia foi apresentada pelo professor e doutorando em História, João Vitor da Silva, que abordou o tema: “Nas margens dos rios e cidades, história das prisões da Amazônia”. O docente resgatou a trajetória do antigo presídio São José, desativado no ano 2000, e que foi a mais longeva prisão em atividade no Brasil durante 157 anos.
Texto: Márcio Sousa / NCS Seap