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AGRICULTURA E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Assistência da Emater reverte perdas de produtividade em projetos de piscicultura

É o que indica pesquisa da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) sobre a atuação da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado

Por Ascom (Ascom)
21/08/2023 12h19

Um estudo de um programa de pós-graduação da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) indica que o atendimento da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em projetos de piscicultura pode reverter perdas significativas da produção e salvar negócios da agricultura familiar. O direcionamento por equipe multidisciplinar, no contexto de políticas públicas, alcança resultados de redução de custos, preservação ambiental, segurança alimentar e geração de trabalho e renda. 

O artigo “Relato de Campo de Melhorias Mediante as Boas Práticas de Manejo na Piscicultura, Comunidade São José, Benevides, Pará”, assinado pelo técnico em pesca e aquicultura Hadley Solano Dantas Freitas, do escritório local da Emater em Benevides, na Região Metropolitana de Belém (RMB), faz parte do livro eletrônico “Formação de Capital Humano em Piscicultura no Estado do Pará”, publicado este ano pela editora Letras Periféricas, com organização de Breno Gustavo Costa, Israel Cintra e Ruth Helena Almeida. O trabalho deriva da monografia de conclusão do curso de Especialização em Piscicultura do Instituto Socioambiental dos Recursos Hídricos (ISARH) do extensionista, o qual é graduado em Engenharia Agronômica e Engenharia Florestal e mestrando em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais.

Pesquisa

No período de outubro de 2018 a abril de 2022, o pesquisador acompanhou dois núcleos familiares do município de Benevides que até então cultivavam tambaqui em tanque-escavado de forma intuitiva, em uma propriedade conjunta na comunidade São José. Os irmãos Guilherme Monteiro (com dois filhos) e Derlan Monteiro (com esposa e dois filhos) chegaram a perder 100% do investimento por lacuna de tradição e falta de respaldo científico. 

“Existia uma dinâmica de boca a boca, de influência de televisão, de notícias, pelas quais os agricultores acreditavam que bastava cavar um buraco, encher de água e colocar quaisquer quantidade e espécie. Na nossa primeira avaliação, existia o dobro de peixes do que a capacidade racional da estrutura e a alimentação se dava por aleatoriedade, com uso, inclusive, de salgadinho de pacote, vencido”, situa Freitas. 

A assistência da Emater representou a introdução de boas práticas, como o controle  nutricional dos peixes e a instalação de telas. Todo o processo transformou a produção e produtividade, impedindo a morte dos peixes, facilitando a engorda e programando despesca. 

“A conclusão é que a assistência técnica e extensão rural oficiais de verdade propiciam diferença e impacto positivo, o que resgata o interesse do produtor, afirma credibilidade e entusiasma para o prosseguimento da atividade”, resume.  

Serviço:

A versão digital do livro pode ser adquirida gratuitamente ante pedido direto pelo e-mail hadley_ufra@yahoo.com.br.

Texto de Aline Miranda