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AGRICULTURA E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Emater participa de debates de interesse de mulheres do campo, em Brasília (DF)

Equipe da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará participou da Marcha das Margaridas, em defesa de políticas públicas para produtoras

Por Ascom (Ascom)
18/08/2023 16h10

Representantes da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) somaram-se a mais de 100 mil pessoas de todo o Brasil em mais uma histórica Marcha das Margaridas, nos dias 15 e 16 passado. O evento em Brasília (DF) também mobilizou pautas de interesse das mulheres do campo.

A 7ª edição impulsionou-se pelo lema Pela Reconstrução do Brasil e Pelo Bem-Viver e destacou eixos direta e indiretamente relacionados à atuação da Emater nos 144 municípios paraenses, tais quais acesso a documentação, inclusão digital e combate à violência doméstica. No encerramento, o presidente Lula lançou o Plano Emergencial da Reforma Agrária e assinou outros oito decretos, como um pacto nacional de prevenção ao feminicídio. 

“Todos os debates perpassam o que a Emater já prospecta, analisa e efetiva em termos de princípios, diretrizes, no dia a dia de associações, cooperativas, indígenas, assentadas da reforma agrária, quilombolas, pescadoras, extrativistas. São mulheres protagonistas, que enfrentam especificidades culturais, geográficas. A Marcha é um momento de visibilidade, força e concretização de processos no sentido de agroecologia, segurança alimentar, autonomia econômica e vida livre de todas as formas de violência, sem racismo e sem sexismo”, resume a engenheira agrônoma Luciana Moreira, integrante da comitiva da Emater e presidente da Comissão de elaboração da inédita Política interna de Interesse Difusos e Coletivos (PIDC), um instrumento de gestão interna que direciona e padroniza o atendimento no contexto de gênero. 

Lotada no escritório regional das Ilhas, a profissional é especialista em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável e mestra em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável. 

Trajetória

O serviço extensionista do Governo do Pará ultrapassa as 50 mil famílias por ano, muitas das quais chefiadas por mulheres, de acordo com relatórios institucionais. Apenas no primeiro semestre de 2023,  por exemplo, projetos da Emater, com parceria do Banco da Amazônia (Basa), levaram cerca de R$ 1 milhão de crédito rural do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) ao comando de 34 mulheres de seis municípios do Marajó: Afuá, Anajás, Bagre, Melgaço, Oeiras e São Sebastião da Boa Vista. 

Em São João da Ponta, no nordeste do estado, também, são 500 mulheres assistidas, que trabalham com pesca artesanal, produção artesanal de farinha e cultivo de abacaxi. 

Para a pedagoga Zélia Vanusa Marques, do escritório local da Emater em Terra Alta, no nordeste paraense, extensionista presente nessa Marcha das Margaridas, o resultado é uma reflexão mais aprofundada das políticas públicas para meninas e mulheres e o intercâmbio com experiências diversas das demais regiões do país: “Vale ressaltar que o investimento em assistência técnica e extensão rural públicas é uma das principais reivindicações das mulheres rurais. Na Marcha, podemos acompanhar as caravanas que lá estão para apresentar demandas ao Governo e conhecer o que está sendo feito nas Emateres dos estados”, aponta a mestra em desenvolvimento rural. 

Em 2020, a dissertação de mestrado de Marques, Diferentes Mulheres nas Práticas Assistência Técnica e Extensão Rural: Reflexões sobre a Equidade de Gênero”,  pelo Instituto Federal do Pará (Ifpa), divulgou pesquisa sobre a importância da Emater para o papel da mulher no meio rural de quatro municípios do nordeste paraense: Curuçá, Inhangapi, São Francisco do Pará e Terra Alta.

Texto de Aline Miranda