Manejo florestal é destaque como estratégia para manter o equilíbrio dos ecossistemas
O evento com participação do Ideflor-Bio, abordou aspectos técnicos, socioeconômicos e ambientais relacionados à prática
O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) trouxe à tona discussões relevantes sobre o manejo florestal como estratégia para manter o equilíbrio ambiental na região amazônica. O painel, que integrou a programação dos “Diálogos Amazônicos”, reuniu especialistas, pesquisadores e representantes do setor florestal para compartilhar experiências e debater sobre o tema.
O evento ocorreu neste domingo (6), no Hangar Centro de Convenções, e contou com a participação de renomados palestrantes que trouxeram diferentes perspectivas sobre o manejo florestal na Amazônia. Foram abordados aspectos técnicos, socioeconômicos e ambientais relacionados à prática de manejo sustentável, evidenciando sua importância para a conservação dos recursos naturais e a promoção do desenvolvimento sustentável.
Durante o painel, foram apresentados os desafios e perspectivas do manejo florestal na região, destacando a importância da gestão responsável dos recursos naturais. Os painelistas enfatizaram que o manejo florestal adequado pode ser uma alternativa viável para conciliar a produção econômica com a conservação da biodiversidade e a manutenção dos serviços ecossistêmicos.
Além disso, os participantes do evento discutiram a importância do manejo florestal comunitário, que envolve as comunidades locais no processo de tomada de decisão e no uso sustentável dos recursos florestais. Essa abordagem contribui para a inclusão social, a valorização dos saberes tradicionais e o fortalecimento das economias locais.
O Ideflor-Bio, como órgão responsável pela gestão florestal no Estado do Pará, reforçou seu compromisso em promover o manejo florestal sustentável como estratégia para manter o equilíbrio ambiental na Amazônia. Através de parcerias com comunidades locais, empresas e organizações não governamentais, o Instituto tem buscado fomentar boas práticas de manejo, capacitar os envolvidos e garantir a conservação dos recursos florestais.
O presidente do Instituto, Nilson Pinto, destacou que o manejo é fundamental para a conservação da floresta. Ele afirmou, ainda, que após anos de trabalho, foi possível constatar que essa prática é excelente para manter a floresta, e que é necessário que os profissionais e a população tomem ciência disso.
“Nós preservamos onde precisa, nós restauramos onde é necessário e conservamos através do manejo, que é a melhor forma de garantir uma floresta viva e produtiva. É importante frisar que manejo não é só madeira. Nessa cadeia, também há outros produtos, como resinas, óleos, fibras, corantes, fármacos, alimentos… tudo aquilo que a madeira fornece e que é fundamental para que ela funcione na floresta como instrumento para manter o nosso ar puro no mundo inteiro, mas também para guarnecer a população de vida condigna”, enfatizou Nilson Pinto.
Oportunidade - Os "Diálogos Amazônicos" se mostraram uma importante plataforma de discussão e troca de experiências sobre temas relevantes para a região amazônica. O painel sobre o manejo florestal reforçou a necessidade de uma abordagem sustentável na exploração dos recursos naturais, visando à conservação da biodiversidade e ao equilíbrio ambiental.
A engenheira florestal e professora da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Gracialda Ferreira, afirmou que “enfrentar as mudanças climáticas que vêm ocorrendo no Brasil e fomentar uma bioeconomia com base na sustentabilidade da floresta, passa pelo manejo florestal. O Ideflor-Bio faz a gestão das florestas públicas do Estado e, por isso, tem uma responsabilidade muito grande em incentivar ações, atividades e estratégias que possam garantir uma floresta viva, produtiva e rentável. Gerando emprego, renda e bem viver para todos os povos, comunidades e a sociedade em geral, que vai refletir por consequência em sustentabilidade”, disse a especialista.
Ao final do evento, os participantes destacaram a importância de investimentos em pesquisa, capacitação e incentivos econômicos para fortalecer o manejo florestal na Amazônia. Também ressaltaram a necessidade de uma maior conscientização e engajamento da sociedade, para que o manejo florestal sustentável seja cada vez mais reconhecido como uma estratégia fundamental para a conservação e o uso responsável dos recursos naturais.
