Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
POVOS TRADICIONAIS

Estado mobiliza quilombolas em debate sobre território, educação e direitos

Proposto pela Secretaria de Estado de Igualdade Racial e Direitos Humanos, o evento reuniu mais 50 quilombolas e representantes de movimentos sociais

Por Marcelo Leite (COSANPA)
04/08/2023 19h32

O futuro dos territórios quilombolas do Pará foi um dos temas debatidos nesta sexta-feira (4), dia de abertura do evento “Diálogos Amazônicos”, no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia, em Belém, que prossegue até domingo (06).

O debate foi proposto pela Secretaria de Estado de Igualdade Racial e Direitos Humanos (Seirdh), e contou com a participação de mais 50 quilombolas, de vários municípios paraenses, e representantes de movimentos sociais.

Educação, regularização fundiária, defesa dos territórios e do meio ambiente foram alguns dos temas debatidos pelos participantes. O resultado do encontro será a base para novos eventos, também organizados pela Secretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos.

Articulação - Titular da Seirdh, Jarbas Vasconcelos destacou que o debate integra uma série de ações do governo estadual e da União em defesa dos povos tradicionais. “Nossa Secretaria foi criada para articular entre órgãos de governo e sociedade civil, para que os direitos humanos sejam garantidos em todas as comunidades. Apesar do pouco tempo, estamos avançando nesse diálogo, e esperamos levar a voz das comunidades tradicionais, especialmente das quilombolas, até a Cúpula da Amazônia”, disse Jarbas Vasconcelos.

Natural do Quilombo de Rosário, em Salvaterra, município do Arquipélago do Marajó, o estudante Cleber Sousa falou sobre a expectativa de debater a melhoria da vida na comunidade. “Estamos sendo muito afetados pelo agronegócio, que tem uma grande força em Salvaterra. O plantio é feito com drenagem de rios, e não estamos mais conseguindo caçar e pescar”, disse Cleber.

No sábado (5), a partir de 8 h, uma nova mesa de debates será realizada pela Seirdh, para tratar sobre os fluxos de atendimento às vítimas de trabalho análogo ao de escravo, e os mecanismos legais instituídos pelo Estado para o enfrentamento a esse tipo de crime.