Geração de empregos no Pará cresce nos últimos meses
A agenda econômica que vem sendo aplicada no Estado tem ajudado diretamente na geração de empregos no Pará. De acordo com dados da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), R$124 milhões em investimentos estão sendo injetados no Estado e permanecerão até 2020, valores que devem ser aplicados principalmente nos setores da mineração e na geração de energia.
De acordo com Everson Costa, economista e secretário adjunto da Secretaria de Estado de Assistência, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), os investimentos potencializarão a geração de emprego, abrindo novas vagas principalmente na construção civil. “É um importante setor da economia e que quando fica fortalecido, gera empregos em cadeia, com novas vagas no comércio e também no setor de serviços”, explicou.
Ao todo, só no mês de setembro deste ano, foram contratadas em regime de carteira assinada no Pará, 22.172 pessoas e foram desligadas 18.889, gerando saldo positivo de 3.283 mil pessoas, sendo 891 contratações na construção civil, 923 na indústria de transformação e 876 no setor de serviços. É o estado do Norte que mais contratou no período. Em segundo, aparece Rondônia, com saldo positivo de 771 contratações, número bem abaixo do Pará.
O economista enaltece projetos desenvolvidos pelo Governo do Pará que tem ajudado a aumentar o número de empregos no Estado, principalmente nos últimos três meses, quando a economia começou a dar sinais de recuperação. Entre eles o Pará 2030, que garante através de protocolos, condições favoráveis para que o investidor venha e se estabeleça no Pará e, em contrapartida, oferece a desoneração de alguns impostos, o que tem gerado empregos, principalmente na indústria.
Além do Pará 2030, o programa Municípios Sustentáveis vem colaborando com esses números, onde são injetados investimentos na perspectiva de fortalecer a logística, construção de escolas e estradas. “O Pará é um dos poucos estados do país que tem suas obras públicas avançando. O governador vem inaugurando obras constantemente e sempre mexendo com a construção, gerando muitos empregos diretos e indiretos. Sabemos que muitos estados não estão pagando nem os salários dos servidores e aqui temos além disso obras e geração de emprego. Por mais que ainda não seja no nível que esperamos, precisamos lembrar que estamos vivendo um crise”, disse o economista.
Segundo as análises de Everson Costa, a perspectiva é de um 2018 melhor. “Com as agendas combinadas e com essa gestão forte, transparente e responsável, temos certeza que o paraense terá ainda melhor perspectiva de emprego e a crise já mostra sinais de enfraquecimento. Acreditamos que ela está próxima do fim e que esse cenário vai melhorar".
Oportunidade de vagas - Uma alternativa para quem ainda está em busca de sua recolocação no mercado de trabalho ou do primeiro emprego, é o cadastro no Sistema Nacional de Emprego (Sine), órgão do governo federal mas coordenado no Pará pela Seaster. O Sine é responsável por realizar a intermediação de mão-de-obra através de suas agências, além de controlar o pagamento do seguro-desemprego e apoiar o Programa de Geração de Emprego, Trabalho e Renda (Proger).
Hoje no Pará existem 44 agências do Sine, onde o trabalhador leva seus documentos, currículo (se já possuir), faz o cadastro com um dos colaboradores e aguarda vagas que encaixem em seu perfil. Quando selecionado, o trabalhador recebe uma carta de indicação do Sine e vai até o empregador realizar entrevistas e testes. Vale lembrar que essa indicação não é uma certeza de conquista da vaga de emprego, mas sim uma oportunidade que pode ou não ser concretizada.
“Somente em 2016, mais de 100 mil pessoas foram atendidas, realizando cadastros e atualização de currículos e disponibilizamos nessa nossa agência pública de emprego, mais de 12 mil vagas. Nós orientamos as pessoas a virem até as agências e não desistir na primeira tentativa frustrada. Se na primeira não deu certo, que tente a segunda, terceira. Orientamos também as pessoas a sempre que puderem, realizarem cursos, se capacitarem. A crise tem um ciclo e depois que ela passar, os que tiverem melhores currículos e profissionalismo conseguirão vagas e remunerações melhores”, finalizou o secretário adjunto da Seaster.
O jovem de 23 anos, Vitor Souza, foi um dos que procurou o Sine em busca de vagas de emprego. Desde os 18 anos ele tentava uma vaga para entrar no mercado de trabalho, mas não conseguia. “Deixei meu currículo nos shoppings, supermercados, cadastrei em diversos sites, procurava nos grupos de emprego do Facebook, mas nada dava certo, até eu descobrir o Sine por meio de um amigo”, contou.
Vitor veio da Ilha de Mosqueiro, onde morava com os pais, para se cadastrar na agência do Sine em Belém no mês de setembro do ano passado. Em outubro conseguiu dois encaminhamentos para entrevista e um deles se concretizou em contratação. “Eu nem acreditei quando consegui. Passei por testes internos e fui efetivado numa rede de supermercados. Iniciei em dezembro do ano passado como embalador, já fui até promovido e hoje sou operador de caixa. Só tenho a agradecer ao Sine por ter me ajudado nesse processo e ao meu empregador, claro. Hoje já consigo ser mais independente, tendo meu próprio salário. O que quero agora é continuar crescendo na empresa”, comemora o jovem, que conquistou o primeiro emprego.
Josivaldo Mendes, gerente do supermercado onde Vitor foi empregado, só é elogios para o funcionário. “É um rapaz competente, comprometido e motivado. Acreditamos no Sine assim que nosso grupo se instalou no Pará por sabermos que ali sempre estão cadastradas pessoas que estão motivadas e precisam realmente de um emprego, e deu muito certo na hora de escolher os funcionários”, complementou.