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Internados no Hospital Metropolitano têm terapia na área externa da unidade

Futebol, vôlei adaptado e até jogo de memória distraem e reduzem o estresse emocional de pacientes internados, em Ananindeua

Por Alberto Dergan (HMUE)
31/07/2023 12h46

Estar internado para tratar um trauma grave, em geral, não é fácil. O processo envolve diversos sentimentos, entre eles medo, angústias e ansiedade. Pensando nisso, para diminuir esses aspectos negativos trazidos pela hospitalização, o comitê de humanização do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) tem levado os internados para socialização na área externa da unidade.

A ação soma às outras voltadas para minimizar anseios negativos e cooperar para que a recuperação dos internados ocorra cada vez mais rápida e com desfechos favoráveis.

“Não tem como mencionar um hospital da grandiosidade do Metropolitano, com diversos pacientes e histórias, sem atuar com humanização. É justamente com um olhar mais empático que esses pacientes entendem que eles também são protagonistas do tratamento deles. Quando esse entendimento acontece, tudo flui e a recuperação é bem mais rápidas”, pontua Roberta Cardins, responsável pelo Comitê de Humanização do Hospital. 

Durante a programação, brincadeiras, entre elas jogo de memória, futebol e vôlei adaptado, foram realizadas para homens e mulheres. 

Selma do Socorro, 49, está há pouco mais de uma semana internada no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do HMUE, após sofrer um acidente doméstico com botijão de gás. A dona de casa afirma que antes da atividade estava cabisbaixa e com saudade da rotina e que o sentimento foi amenizado.

“A gente fica somente dentro do quarto, no caso do meu trauma foi queimadura e parte do meu corpo está enfaixado, isso vai também gerando esses sentimentos. Nada melhor que ocupar a mente e vir aqui para fora foi um presente muito favorável que sou grata”, afirmou Selma.

Dinair Corrêa, 39, acompanha a amiga durante o tratamento e pontua que vê-la sorrindo é o que precisavam. “Dizem que sorrir é o melhor remédio. Agora ela está aqui sorrindo e bem. Agradeço muito o empenho de todos e a vontade de fazer acontecer para a alegria não somente dela, mas também dos outros pacientes”, comenta.

Toda a atividade foi acompanhada por equipe multiprofissional, que analisa caso a caso para entender se é ou não permitida a liberação do paciente.

“Diversos aspectos são levados em consideração, desde o humor, por meio da equipe de psicologia, do clínico, com as equipes médica, de fisioterapia, nutrição e terapia ocupacional. Somente assim, o paciente é liberado. A finalidade é garantir a segurança”, afirma Roberta.

Referência no tratamento de média e alta complexidade em traumas e queimados para a Região Norte pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência é gerenciado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) e dispõe de 208 leitos operacionais nas especialidades de traumatologia, cirurgia geral, neurocirurgia, clínica médica, pediatria, cirurgia plástica exclusivo para pacientes vítimas de queimaduras e leitos de UTI.

O HMUE recebe pacientes da Região Metropolitana de Belém, de outros municípios do Pará e até de outros estados. Em 2022, realizou mais de meio milhão de atendimentos, entre internações, cirurgias, exames laboratoriais e de imagem, atendimentos multiprofissionais e consultas ambulatoriais.