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Projeto Mundiar forma alunos das escolas Ulysses Guimarães e Justo Chermont

Por Redação - Agência PA (SECOM)
07/04/2018 00h00

Incontáveis são os fatores que podem motivar a evasão de alunos da escola. Nesta sexta-feira (6), uma turma de 35 alunos pode comemorar a superação de barreiras e dificuldades ao concluir o ensino médio por meio do projeto Mundiar. A solenidade de formatura, realizada no auditório da Fibra, em Belém, reuniu alunos das escolas estaduais de ensino fundamental e médio Justo Chermont e Ulysses Guimarães.

A estudante da escola Ulysses Guimarães Ana Clara Montoril, 20 anos, foi diagnosticada com déficit de atenção, o que implicou na repetência de dois anos durante o ensino fundamental. "Eu estava atrasada e minha mãe soube desse projeto que dava a chance de concluir o segundo grau com um método diferente e mais interativo. No Mundiar eu pude receber a atenção direta dos professores e, de fato, aprender o conteúdo das disciplinas. E isso resultou na minha aprovação em Fisioterapia, na UFRJ, e também em Jornalismo, em uma instituição particular daqui", comemora.

O autônomo Rui Santos, 56 anos, retomou os estudos após 36 anos. "Parei de estudar em 1981, quando cursava o segundo ano do científico (atual ensino médio). Para retomar, me espelhei na minha mãe, que concluiu os estudos com 60 anos. Depois de receber a nota do Enem consegui a aprovação em Pedagogia, mas pretendo estudar para cursar Direito", contou.

Executado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) em parceria com a Fundação Roberto Marinho, o projeto é voltado para aceleração da aprendizagem, a fim de corrigir a distorção escolar (quando o aluno não estuda no ano compatível com sua idade), a repetência e a evasão de alunos da rede pública de ensino.

O Mundiar recebe alunos a fim de concluir o Ensino Fundamental, com idade a partir de 13 anos e também estudantes a partir de 17 anos que ainda não conseguiram concluir o Ensino Médio.

O Pará reduziu em mais de 30% o índice de distorção no ensino médio. "Saímos da marca de 64% para 30%, o que comprova que estamos revertendo esses índices na educação do Estado, trabalhando para que os alunos estejam cursando o ano compatível com a sua idade", explica Marcos Lopes, coordenador do projeto Mundiar.

Desde a sua implantação, em 2014, o projeto já registrou 56 mil alunos beneficiados. Atualmente, o Mundiar está implantado em 105 municípios paraenses. 

Texto: Camila Barros