Estudantes mostram confiança no segundo dia de provas do Enem
O segundo dia, e último, de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) transcorreu com tranquilidade nas escolas da rede estadual de ensino no Pará. Em todo Estado, dos 354.595 candidatos habilitados ao exame, 252.826 estavam aptos a fazer a segunda prova, já que os 101.769 faltosos na primeira etapa, ocorrida na semana passada, foram eliminados e não podiam mais prestar o exame. Ao todo, 265 escolas da rede estadual de ensino funcionaram como pontos de prova. Dessas, 62 ficam em Belém e 23 em Ananindeua.
Neste domingo, 12, os candidatos responderam questões das áreas de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias. Os portões dos locais de prova foram abertos às 11 horas e fechados às 12 horas. Às 12h30 teve início a prova, com encerramento às 17h.
Na Escola Estadual Antônio Moreira Júnior, no bairro do Val-de-Cans, uma grande fila de candidatos começou a se formar por volta das 10 horas da manhã. A estudante Vitória Lima, de 17 anos, aluna do terceiro ano do Ensino Médio da Escola Estadual Aldebaro Klautau, no Tapanã, contou que saiu bem cedo de casa para não chegar atrasada ao local de prova, um pouco distante da sua residência. Essa é a segunda vez que presta o Enem. “No primeiro dia foram muitos textos, mas acho que hoje vai ser mais tranquilo, já que as disciplinas são mais de cálculos”, apostou a jovem, que pretende uma vaga no curso de Direito.
Na mesma escola, o eletricista Severino Júnior, morador do distrito de Outeiro, fez questão de aguardar, junto com o filho, o estudante Micael Nascimento, de 17 anos, a abertura dos portões do colégio. Severino levou o jovem até o local de prova de motocicleta, para que não ocorresse nenhum atraso. “Com certeza, de moto é mais rápido”, frisou o pai. Aluno da Escola Estadual Avertano Rocha, em Icoaraci, Micael estava confiante no bom desempenho nas provas. “Tivemos uma boa preparação, a escola ajudou bastante. O primeiro dia de provas foi bem tranquilo e, agora, tenho certeza de que vai ser novamente”, explicou, momentos antes de entrar na escola. Ele também tenta uma vaga no curso de Direito.
No centro de Belém, na Escola Estadual Deodoro de Mendonça, os candidatos também demonstravam tranquilidade antes do início das provas. A estudante Camila Soares, de 19 anos, tenta, pela segunda vez, uma vaga no curso de Educação Física. Ela acredita que o fato de já ter feito o Enem ajuda o candidato a ter mais foco e direção na hora da prova. “Com certeza, esse treinamento anterior faz com que a gente fique menos nervoso”, ressaltou a jovem, que é ex-aluna da Escola Estadual Souza Franco. “O aluno da escola pública também é capaz de passar, temos muitos exemplos, por isso, acredito na minha preparação”, concluiu.
Já o funcionário público Jonas Pinheiro, de 39 anos, faria, pela primeira vez, o exame, considerado como a principal porta de entrada para as faculdades e universidades do País. Ele se preparou sozinho, estudando em casa, e disse que ainda não sabe o curso para o qual vai concorrer. “Meu sonho é entrar na universidade, terminar o nível superior e, assim, poder aumentar a minha renda”, observou ele, que disse preferir as disciplinas das provas do segundo dia. “Gosto muito mais de Matemática e Física, por isso, acho que as provas de hoje serão mais tranquilas do que as do primeiro dia”, apontou.
Os portões da Escola Deodoro de Mendonça fecharam pontualmente ao meio-dia e a equipe de reportagem registrou a chegada de apenas uma candidata atrasada. Nos dias anteriores às provas do Enem, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), por meio da Diretoria de Recursos Técnicos e Imobiliários (DRTI), realizou reparos e ajustes nas escolas que foram pontos de prova em todo o Estado. Nos dois domingos de Enem, a DRTI manteve equipes de plantão para o atendimento em caso de eventualidades nos locais de prova.
