Fundação Carlos Gomes promove oficina para democratizar o ensino do canto lírico
Para garantir o desenvolvimento do canto lírico no Estado, a Fundação Carlos Gomes vem investindo desde, o início do ano, na oficina de canto lírico, que ocorre no Instituto Estadual Carlos Gomes. A turma conta com 30 alunos, que participam de aulas para garantir os primeiros passos para se tornarem cantores líricos.
A iniciativa surgiu a partir da experiência do projeto de extensão Cantação de Lendas Amazônicas, que foi elaborado pelos professores da instituição, Tiago Costa, Sérgio Sena, João William e Ytanaã Figueiredo, com o objetivo de dar ênfase aos compositores paraenses Waldemar Henrique e Altino Pimenta e aprofundar as canções, estruturas musicais, literatura e contexto sociocultural.
Após a realização deste projeto, surgiu a necessidade de manter as músicas destes artistas, dando destaque à técnica e interpretação vocal para apresentar ao público externo e interno os princípios básicos do canto lírico, garantindo a qualificação necessária para ingressar no curso regular do Instituto Estadual Carlos Gomes.
No começo deste ano, iniciou a primeira turma da oficina de canto lírico, que está levando conhecimentos técnicos para os alunos, que sonham em iniciar a carreira no universo do canto lírico. Para garantir o início da preparação dos futuros cantores, que precisam ter idade mínima de 15 anos, a oficina tem duração de um ano e proporciona a iniciação relacionada aos conhecimentos básicos do ofício, que incluem respiração, postura, emissão das vogais (formantes) através de uma metodologia específica, além de noções de fisiologia aplicada ao canto e conceitos relacionados ao contexto histórico e características vocais aplicadas ao canto lírico. O ingresso na oficina ocorre por meio de processo seletivo, que ocorre a partir do lançamento de um edital.
"O objetivo desta iniciativa é proporcionar ferramentas para que os alunos já conheçam o canto lírico e suas bases primordiais para que iniciem o curso regular da instituição com a consciência do que é o canto lírico e como será o curso ao longo do seu trajeto", ressaltou o coordenador do projeto de extensão, o professor do Instituto Estadual Carlos Gomes, Ytanaã Figueiredo.
O professor ressalta também que o cantor lírico precisa adquirir diversas aptidões para superar os desafios ao longo da carreira. Entre as habilidades importantes estão o conhecimento em língua estrangeira, organização e planejamento da carreira para optar pelo mercado operístico ou da música de câmara, que pode ser focada no mercado local ou exterior. "Dependendo do objetivo do cantor lírico, as aptidões a serem alcançadas serão inúmeras", destacou Ytanaã Figueiredo.
Um dos alunos que participa das aulas e sonha em se tornar cantor lírico é o Sleimann Augusto Cerbino, de 41 anos. Desde a adolescência ele já escutava música clássica e sempre desejou estudar do Instituto Estadual Carlos Gomes. "A oficina é uma plataforma de acesso incrível do instituto, pois não é necessário ter o conhecimento prévio de musicalização ou teoria musical, o que torna o estudo acessível a qualquer pessoa. Com isso, posso iniciar a linda trajetória que estou almejando", ressaltou.
De acordo com o superintendente da Fundação Carlos Gomes, Gabriel Titan, a iniciativa possibilita a democratização do conhecimento sobre o canto lírico. "Cada vez mais, investimos em projetos que garantem a formação dos alunos, que recebem todo o conhecimento técnico inicial para ingressar na carreira de cantor lírico. Ressalto que temos muitos talentos, que são desenvolvidos a partir do ensino promovido pela instituição", enfatizou.