Com apoio da Emater, acesso ao crédito rural impulsiona cultivo de dendê em Tailândia
Cada projeto contemplado pela linha Banpará-Bio pode receber até R$ 200 mil para investimentos
Com apoio do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), 200 famílias de Tailândia, na Região de Integração Tocantins, sudeste paraense, podem ser beneficiadas até o fim do semestre com crédito rural para incentivo ao plantio de dendê.
Os projetos, com previsão individual de cerca de R$ 200 mil, podem ser contemplados pela linha Banpará-Bio, do Banco do Estado do Pará (Banpará). O objetivo é custear insumos, preparo de área, contratação de mão de obra complementar, entre outras despesas, em áreas de dez hectares. Nas propriedades também há atividades com açaí, mandioca e pimenta-do-reino.
“O dendê é um elemento importante no cenário socioprodutivo do município, até pelo potencial de múltipla destinação: serve à indústria alimentícia, à indústria farmacêutica, à indústria de biocombustível. É um produto plenamente aproveitado”, informa o chefe do escritório local da Emater em Tailândia, Rômulo César Cardoso, técnico em Agropecuária.
O trabalho da Emater na cadeia produtiva do dendê vem sendo fortalecido com a cooperação de empresas privadas do setor, em busca de mobilização e prospecção de agricultores interessados.
Capacitação - Na primeira quinzena de julho, a equipe da Emater ministrou mais um curso de atualização para representantes dos parceiros, levando conhecimento sobre o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), que desde 2022 substituiu a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP). O Cadastro é um documento completo de identidade do agricultor familiar, e obrigatório para habilitação a políticas públicas específicas.
Recursos - Este ano, via projeto da Emater para o Banpará-Bio, o casal Jailton Soares, 56 anos, e Fabiele Sena, 34 anos, recebeu R$ 182 mil para a instalação de mais 20 hectares de dendê no Sítio Bahia, de 68 hectares, situado na Comunidade Água Preta. Os três filhos moram com eles: Caíque, 16 anos; Fábia, 13 anos, e Pedro Miguel, 5 anos.
Desde 2006, a família migrou da pecuária, da criação de cavalo e do comércio para o dendê, trabalhando atualmente em 26 hectares. Baiano de Feira de Santana, Jailton chegou ao Pará em 2000. “Não nos arrependemos de ter largado o comércio, porque gostamos da vida na roça. É uma vida de paz, sossegada. A Emater nos acompanha. Fez o nosso CAR (Cadastro Ambiental Rural), dá assistência no projeto. A Emater atua muito pelo crédito. Está dando certo”, assegura Jailton Soares.
Texto: Aline Miranda - Ascom/Emater