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Crianças internadas na Santa Casa aprendem de forma lúdica normas de segurança

Núcleo de Gestão da Qualidade e Segurança do Hospital segue as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS)

Por Etiene Andrade (SANTA CASA)
13/07/2023 13h03

"Por que minha mãe não pode deitar na cama comigo no hospital? Por que eu preciso usar o tempo todo uma pulseira com o meu nome?",  são algumas das perguntas sobre procedimentos feitas por crianças internadas na pediatria da Santa Casa ou até mesmo pelos responsáveis. Grande parte dessas regras são voltadas à segurança do paciente, e se transformaram em metas internacionais em 2006, após uma década de estudos sobre eventos adversos na assistência a pacientes internados em todo o mundo, realizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em parceria com a Joint Commission International (JCI) , como explica a enfermeira Regina Bastos,  que integra o Núcleo de Gestão da Qualidade e Segurança (NGQS) da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará ( FSCMP).

"As metas internacionais de segurança do paciente foram desenvolvidas para aumentar a segurança do paciente e melhorar a qualidade dos cuidados em saúde. No Brasil, desde 2013 houve a exigência legal de se aplicar estratégias que garantissem a segurança do paciente. Na Santa Casa desde então, foi elaborado o plano de segurança do paciente para descrever as ações para a implementação das metas de segurança pelo cumprimento dos protocolos da Anvisa", detalha.

As metas de segurança do paciente aplicadas na Santa Casa são: Identificar o paciente corretamente; Melhorar a eficácia da comunicação entre os profissionais; Melhorar a segurança dos medicamentos de alta-vigilância; Assegurar cirurgias seguras; Reduzir o risco de infecções associadas a cuidados de saúde; Reduzir o risco de danos ao paciente, decorrente de quedas. Todos integram a lista definida pela OMS, sendo que na Santa Casa também foi adotado o protocolo de prevenção de lesões por pressão (LPP).

A enfermeira ainda esclarece que as metas e seus requisitos de cumprimento, assim como os responsáveis pela sua execução, estão previstos no Plano de Segurança do Paciente Institucional e nos protocolos de segurança disponibilizados aos servidores.

"O Núcleo de Gestão da Qualidade e Segurança (NGQS) atua no monitoramento das metas através da análise dos indicadores e da verificação da adesão às metas realizadas na auditoria educativa que é feita junto das áreas assistenciais com funcionários, pacientes e acompanhantes".

Como reflexo da disseminação da cultura de segurança que vem sendo construída por meio de campanhas institucionais e ações educativas que visam o cuidado seguro e o autocuidado em todas as áreas que prestam assistência ao paciente, uma iniciativa criativa vem sendo realizada com crianças internadas na Santa Casa.

Por meio de uma cartilha, crianças e responsáveis ficam conhecendo as metas de segurança e passam a compreender melhor sua importância, além de também contribuírem para a sua efetivação, como conta a enfermeira pediátrica Sabrina Almeida, idealizadora da Cartilha.

"Essa é uma forma que nós encontramos de incentivar a participação dos responsáveis no cuidado e também o autocuidado das crianças. Cada atividade proposta, como desenhar, pintar e responder às palavras cruzadas foram elaboradas usando como tema as metas de segurança, que são claras para os funcionários, mas às vezes não são para os pacientes e acompanhantes", explica a enfermeira que conclui que o conhecimento traz benefícios para o tratamento dos pacientes.

"E é muito interessante ver, por exemplo. como as mães  e os filhos  que fazem as tarefas da cartilha acabam compreendendo bem, e isso melhora a aceitação do tratamento e o cumprimento das metas, pois eles passam a entender a importância de cada orientação para a saúde dos filhos deles", conclui a enfermeira.