Pará lidera a geração de empregos formais no setor da agropecuária na Região Norte
Estudo do Dieese mostra que o setor cresceu 10% no último mês de maio, em comparação com mesmo período do ano passado
O agricultor e pecuarista Edvan Gripp, de 50 anos, comemora os benefícios de ter saído da informalidade. A empresa familiar de iogurte natural que ele abriu com a esposa no município de Castanhal, hoje tem o selo artesanal emitido pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará).
“Conseguimos, ao longo do tempo, adquirir identidade do produto e notoriedade com um público que prioriza cada vez mais um produto que seja natural e artesanal, além de garantir transparência, boas práticas na manipulação, armazenamento e transporte adequados visando a produção com qualidade e respeito aos padrões higiênico-sanitários, para que possamos atender nossos clientes sempre da melhor maneira”, ressalta Edvan.
Segundo balanço realizado pelo Dieese, com dados do Caged/Ministério do Trabalho, o Pará lidera a geração de empregos formais na agropecuária na Região Norte. Houve crescimento de 10% de postos de trabalhos formais no setor no último mês de maio, em comparação com mesmo período do ano passado. Maio de 2023 registrou um saldo positivo de 426 postos de trabalho, contra 112 no mês de maio de 2022.
O controle sanitário de toda produção, tanto pecuária quanto agrícola, do estado, é feito pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará). O serviço garante a manutenção e a abertura de novos mercados.
“Esse trabalho é necessário para que, cada vez mais, possamos garantir que os produtos tipicamente paraenses estejam isentos de pragas e doenças, e que esses produtos possam chegar à mesa do consumidor tanto do Brasil, quanto de outros países, com qualidade e segurança. Consequentemente, temos o aumento da produção, a geração de emprego, de renda, maior fixação do produtor rural no campo e circulação de renda na região”, reforça o médico-veterinário e diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo.
Para Edvan Gripp, é importante incentivar o trabalho e a responsabilidade técnica do pequeno produtor. “O laticínio conta com uma responsável técnica, uma médica-veterinária que conduz todo o processo higiênico-sanitário dos produtos, seguindo as legislações sanitárias vigentes. E criação de formas acessíveis ao incentivo de recursos para o homem do campo, nos ajuda fazer parte dessa imensa cadeia alimentar, gerando mais empregos e renda para nosso Estado”, comenta o agricultor.
Ainda de acordo com o estudo do Dieese, o Pará gerou um saldo positivo de 426 empregos formais no setor da agropecuária no mês de maio de 2023. Foram 324 vagas a mais do que o Estado de Rondônia, que ficou em segundo lugar.
Mais empregos - Ainda em maio, o Pará gerou mais de 7 mil novos empregos com carteira assinada. Neste ano, este saldo se aproxima da marca de 20 mil. As atividades econômicas que mais contribuem para estes dados são as de serviços, construção civil, indústria e agropecuária.
"Quando falamos de agropecuária, o Pará possui enormes potencialidades, tanto em atividades econômicas de maior investimento, quanto de menor investimento. Por exemplo: a cadeia do açaí pode compreender grandes plantações, como também pode compreender um número muito grande de pequenos produtores familiares. Essas atividades, em todas as suas etapas, acabam gerando muitos empregos, assim como as atividades tradicionais da agropecuária, como o corte e grãos, onde o Pará vem se destacando, aumentando sua produção e fazendo a verticalização dessa produção. Continuamos focados no atendimento e acompanhamento destas atividades, assim como no apoio de todas as cadeias produtivas do Estado", disse Inocencio Gasparim, titular da Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster).