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Hospital Ophir Loyola utiliza termoplásticos para produzir órteses

Dispositivos ajudam a funcionalidade física ao melhorar a mobilidade, aliviar a dor, corrigir desvios posturais, prevenir lesões e facilitar atividades diárias

Por Viviane Nogueira (HOL)
05/07/2023 17h13

Órteses são dispositivos ou aparelhos utilizados para proporcionar suporte, estabilização, correção ou proteção a determinadas partes do corpo. Esses dispositivos são projetados para auxiliar na funcionalidade física, melhorar a mobilidade, aliviar a dor, corrigir desvios posturais, prevenir lesões e facilitar atividades diárias. Em Belém,  a equipe de terapia ocupacional do Hospital Ophir Loyola (HOL), referência no Estado do Pará, utiliza o material termoplástico para a confecção desses dispositivos.

O termoplástico é um material maleável que se torna moldável quando aquecido e retorna à forma original quando resfriado. Isso permite que os terapeutas ocupacionais o utilizem para criar órteses personalizadas, adaptadas às necessidades específicas de cada paciente. 

A terapeuta ocupacional do HOL, Márcia Nunes, enfatiza a importância desse material na confecção de órteses, destacando as vantagens em relação ao PVC. Segundo a especialista, o termoplástico se mostra superior por permitir a respiração da pele, ser mais higiênico e proporcionar um alto nível de conforto. Também oferece a facilidade de remodelamento quando necessário, bastando aquecê-lo novamente e ajustá-lo de acordo com a evolução do paciente.

“A utilização do termoplástico permite que as órteses se adaptem às necessidades individuais dos pacientes, garantindo um tratamento efetivo e seguro. As características do material são favoráveis, como a capacidade de permitir a respiração da pele e a maleabilidade para ajustes, conforme o progresso do tratamento. É a escolha ideal para a confecção de órteses”, ressaltou a terapeuta ocupacional.

As órteses fabricadas com termoplásticos são leves, confortáveis e facilmente ajustáveis, o que contribui para a adesão do paciente e permite o seu uso durante as atividades diárias ou no período de internação para moldar e sustentar o local comprometido. Além disso, esses materiais são duráveis, possibilitando a reabilitação e o suporte contínuo ao paciente.

O processo de confecção envolve o aquecimento em água a uma temperatura em torno de 70ºC, tornando a placa adaptável e flexível para a moldagem. O molde é feito de acordo com o tamanho e largura do membro ou área do corpo a ser suportada para que a órtese mantenha sua forma. Esse fator permite a personalização exata da órtese de acordo com a anatomia e necessidades individuais.

Ainda de acordo com Márcia Nunes, o termoplástico se destaca como o material ideal para o uso em órteses. “ O PVC não foi projetado para o corpo humano, mas sim para aplicações em construções, o que compromete a adequação no posicionamento correto nos membros dos pacientes. Além disso, o PVC não permite que a pele respire, é um material mais pesado e apresenta maior probabilidade de causar deformidades em comparação ao termoplástico”, explicou.

Para os pacientes neurológicos, as órteses desempenham um papel fundamental ao ajudar a posicionar corretamente as articulações e ao oferecer suporte e estabilidade às áreas afetadas por comprometimento neuromuscular. “Elas podem auxiliar na correção de desvios posturais, como flexões e extensões excessivas das articulações, além de fornecer alinhamento e estabilização nos membros inferiores e superiores”, afirmou Márcia Nunes.