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Santa Casa e Central Estadual de Transplantes capacitam médicos para diagnóstico de morte encefálica

Formação visa oferecer cursos aos profissionais da saúde atendendo a Resolução 2.173/2017, do Conselho Federal de Medicina, que define os critérios para o diagnóstico de morte encefálica

Por Etiene Andrade (SANTA CASA)
30/06/2023 09h25

Com a proposta de melhorar e ampliar o processo de Diagnóstico de Morte Encefálica (DME) em todo o Estado, mais de 30 médicos já foram capacitados este ano para poder realizar o diagnóstico da morte encefálica, por meio de cursos oferecidos por profissionais da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott) e Neurologia da Santa Casa e da Diretoria Técnica da Central Estadual de Transplantes (CET) da Secretaria de Estado da Saúde do Pará (Sespa).

A ação visa cumprir o que prevê a Resolução 2.173/2017, do Conselho Federal de Medicina (CFM), que define os critérios para o diagnóstico de morte encefálica.

"Estamos capacitando os participantes sobre as ferramentas éticas e legais necessárias para torná-los aptos para a realização do diagnóstico de morte encefálica e como atuar diante da família para informar a morte e sobre o luto. Ainda fizemos a análise do processo de comunicação de notícias sensíveis e como atuar no processo de solicitação de doação de órgãos, além da discussão de diversos casos clínicos na prática", afirma a médica Nelma Machado, coordenadora da Cihdott da Santa Casa.

José Maria da Silva Neto, residente de Medicina Intensiva na Santa Casa, foi um dos médicos que participou do curso. Ele, que atua na urgência de hospitais de trauma em Belém, agora se sente apto a realizar o exame para o diagnóstico especializado.

"Participar do curso foi um ganho profissional e pessoal muito grande, pois a atividade nos atualiza na resolução que define os procedimentos para diagnóstico de morte encefálica e nos capacita ao exame clínico naqueles pacientes que evoluem para esse quadro, o que é importantíssimo para o esclarecimento da família que pode vir a optar pelo processo de doação. Antes, pela ausência de capacitação, muitos casos não puderam ser diagnosticados, impossibilitando a captação de órgãos", considera.

A resolução do Conselho prevê que para atuar no DME é necessário ser médico e especialista em uma das  seguintes especialidades: medicina intensiva, medicina intensiva pediátrica, neurologia, neurologia, pediátrica, neurocirurgia ou medicina de emergência. Mas que na indisponibilidade de qualquer um desses especialistas, o procedimento deve ser concluído por médico especificamente capacitado.

Nesta sexta-feira (30), novos 35 médicos serão capacitados pela Santa Casa, CET e Hospital Ophir Loyola.