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Estudo sobre 2 mil espécies arbóreas no Pará é apresentado ao corpo técnico do Ideflor-Bio

A formação expôs aos servidores um resumo de oito anos de estudos da Embrapa Amazônia Oriental que, em breve, estará ao alcance de todos

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
23/06/2023 18h09

A diversidade de espécies arbóreas do estado do Pará foi tema, nesta sexta-feira (23), de uma palestra no Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio). Ministrada pelo pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Amazônia Oriental, Dr. Eniel David Cruz, a formação expôs aos servidores um resumo de oito anos de estudos que, em breve, estará ao alcance de todos.

Dr. Eniel David Cruz conversando com o públicoEm parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), está sendo preparado um livro que exibirá, em detalhes, 2.770 espécies arbóreas já catalogadas em diferentes pontos do Pará. Esse quantitativo equivale a 50% dos vegetais de toda floresta amazônica, ou seja, metade das espécies existentes neste bioma estão em território paraense: é o que diz a pesquisa. 

Neste sentido, discutir a temática com diferentes órgãos ambientais, como o Ideflor-Bio, é bom para saber a opinião deles e se o que está sendo colocado na obra científica atende às necessidades do Instituto em termos de informações, afirma o Dr. Eniel David Cruz. Ele acredita que esse intercâmbio de comunicação é muito importante para identificar possíveis ajustes no direcionamento dos estudos.

“Essa futura publicação vai ajudar diversos profissionais, porque são informações muito espalhadas e que, agora, estão sendo condensadas em uma única publicação. “São conteúdos que as pessoas precisam saber se determinada espécie é de terra firme, da várzea ou do igapó; para que esse vegetal serve, se é para o manejo florestal, subsistência humana, enfim, uma série de dados que nós estamos tentando colocar nesse livro para atender várias finalidades de uso”, frisou.

O pesquisador conta que espera concluir o trabalho até o início do ano que vem. “Neste momento, estamos terminando a primeira parte, que é a montagem do banco de dados. É um processo demorado, importante frisar, para que depois possamos dar continuidade às análises estatísticas e finalizar o livro”, detalhou Cruz.

Cooperação - Para o titular da Diretoria de Desenvolvimento da Cadeia Florestal (DDF), Vicente Neto, a palestra está dentro da proposta do Instituto de trazer o máximo de informações e envolver o corpo técnico do órgão ambiental e atualizá-los desses conhecimentos. 

“A gente tem conversado com todas as instituições que são nossas parceiras, como as universidades públicas, a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e a Embrapa Amazônia Oriental. Hoje, por exemplo, tivemos aqui o Dr. Eniel falando um pouco desse trabalho sobre a flora amazônica, com recortes para o estado do Pará, que tem tudo a ver com os desafios das nossas diretorias”, ressaltou.

Vicente disse, ainda, que “é um estudo que traz muitas informações atualizadas dessas espécies arbóreas paraenses e que vão servir de base para o nosso trabalho, que tem o grande desafio de promover a restauração florestal desse estado. Portanto, a ideia é que a gente coloque na nossa rotina esse tipo de evento que traga, de alguma forma, atualização desses conhecimentos e promova o estreitamento dessas relações institucionais”, concluiu o dirigente.