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Secretaria das Mulheres do Pará participa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública

Titular da Semu, Paula Gomes destacou as iniciativas da instituição estadual, a exemplo da implantação do observatório para o enfrentamento à violência

Por Helena Saria (FCP)
23/06/2023 12h11

Nos dias 20, 21 e 22 de junho de 2023, o Hangar Convenções e Feiras da Amazônia sediou a 17ª edição do Encontro Anual do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Com o tema "Como fazer chegar? Políticas de acolhimento e enfrentamento à violência de mulheres em situação de violência doméstica na região amazônica", a mesa de discussão contou com a moderação de Jacqueline Brigagão, da Universidade de São Paulo, e reuniu a servidora Otília Amorim, do Ministério Público do Acre, a escrivã da Polícia Civil Alethea Bernardo, a ativista indígena Myriam Vasques, da Associação das Mulheres Indígenas Tikunas, do Amazonas e a a titular da Semu, Paula Gomes.

Otília Amorim, coordenadora do Observatório de Violência de Gênero do Ministério Público do Estado do Acre, conta que o Fórum é uma oportunidade ímpar para quem trabalha com a temática de violência de gênero, pois é um momento para compartilhar experiências e boas práticas, para que sejam disseminadas em outros estados.

“Estreitar essa comunicação só faz com que a gente alcance melhores resultados, no sentido de reduzir esses índices de violência de gênero, especificamente a violência doméstica. Eu acredito que quanto mais se fala, quanto mais se dá a visibilidade, mais a gente consegue combater. Não há que se falar em combate e enfrentamento se a gente não estuda o fenômeno, se a gente não atua na ponta, se a gente não induz políticas públicas para que essas mulheres tenham um atendimento integral para a garantia dos seus direitos fundamentais”, explica a coordenadora Otília Amorim.

Para Aletheia Bernardo, escrivã da Polícia Civil, a importância da mesa é trocar as experiências que vêm sendo desenvolvidas, no sentido de sempre agregar mais conhecimento e dispor das políticas públicas para as mulheres em situação de violência. “É um momento de aprendizado, porque a gente consegue reunir os dados oficiais, a própria produção acadêmica, além da vivência de quem trabalha e quem é da própria comunidade ribeirinha, quilombola, das comunidades mais vulnerabilizadas, e trabalhar essa interseccionalidade é muito importante para que a gente consiga produzir, no final, uma garantia de direitos e segurança para as mulheres’, conclui a servidora.

Já a secretária estadual Paula Gomes ressaltou a importância do encontro como um momento de aprendizado e troca de experiências. Ela enfatizou: "Foi um momento muito proveitoso, rico de depoimentos, inúmeros dados, e sem dúvida, saímos daqui com encaminhamentos para a Secretaria de Estado das Mulheres. Vislumbramos parcerias com estados vizinhos que enfrentam realidades semelhantes à nossa e desejamos implementar aqui no Estado do Pará.

Um dos principais projetos mencionados pela gestora da Semu foi a implantação do observatório para o enfrentamento à violência contra as mulheres, no Pará; destacou também a importância de obter conhecimento sobre o fenômeno para efetivamente combatê-lo e anunciou a intenção de estabelecer parceria com outros estado, conhecendo experiências que possam aprimorar as políticas públicas e capacitar as mulheres, empoderando-as e rompendo com a condição de violência e vulnerabilidade.