Segurança nos rios é tema do 17º Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública
Estado tem apresentado resultados positivos, por meio de ações integradas, e dos investimentos em equipamentos e operações de fiscalização fluviais
Os grandes rios que banham as cidades da Amazônia estão diretamente ligados ao desenvolvimento local e econômico da região, tendo um papel fundamental também para a economia do País, portanto discutir as ações de enfrentamento aos crimes de escoamento de cargas ilegais e práticas ilícitas na malha fluvial são fundamentais, como pontuou o titular do Grupamento Fluvial de Segurança Pública (GFlu), delegado Arthur Braga, durante o debate: “Bases Fluviais: estratégias e desafios para o enfrentamento aos crimes em áreas fluviais, realizado no 17° Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, nesta quarta-feira (21), no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém.
O Pará, que sedia o encontro pela primeira vez, discute diversas temáticas visando o levantamento de soluções estratégicas para o enfrentamento aos crimes na Amazônia, inclusive nas áreas fluviais. Visto que, o Estado tem apresentado resultados positivos obtidos por meio de ações integradas, após os investimentos em equipamentos e operações de fiscalização fluvial. Portanto, faz-se necessário o compartilhamento das estratégias adotadas pelos órgãos de segurança para os participantes de outras regiões que participam dos debates.
“A nossa participação neste evento é uma oportunidade de mostrar a nossa estratégia de segurança pública — que está dando certo —, e debater sobre o assunto com outras visões que estão aqui presentes, através de agentes de segurança de diversos estados. É importante para a gente poder explanar as nossas ações, mostrar as coisas que deram certo. Neste fórum podemos dar maior visibilidade aos resultados que estamos alcançando no Pará”, frisou o delegado Arthur Braga.
Dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) mostram que cerca de 95% das mercadorias são transportadas pelos rios. Além da importância econômica, os rios amazônicos são as únicas vias de deslocamento que algumas comunidades ribeirinhas em situação de vulnerabilidade socioeconômica têm acesso.
A Seugp destaca que a implantação das bases fluviais é uma ferramenta imprescindível para otimizar as ações desenvolvidas pelos órgãos do Sistema Estadual de Segurança Pública do Pará. O foco é a redução da criminalidade nas localidades que apresentam casos de crimes sexuais, ambientais, desvio de combustíveis, contrabando e descaminho, e o mais frequente, o tráfico de drogas.
“Na base há atendimento de diversos órgãos, como Polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Secretaria da Fazenda, de forma permanente, à disposição da população, criando um vínculo muito maior entre a corporação e a população, que reflete na redução dos índices de criminalidade”, afirmou o titular do GFlu.
Resultados
Os principais reflexos após os investimentos nas lanchas e Base Fluvial destacados por Arthur Braga durante a palestra, foram a presença permanente e integrada dos órgãos de segurança pública; redução drástica nos crimes de roubo a embarcações, com destaque para o município de Breves, no arquipélago do Marajó, o qual, anteriormente, havia a maior incidência do crime e, após a implantação da Base Integrada Fluvial "Antônio Lemos", passou cinco meses sem registrar nenhuma ocorrência do tipo. Assim como o aumento de apreensões e a relação de confiança gerada entre a população ribeirinha e a corporação.
“A gente consolidou a estratégia implantada no Marajó, que visava a redução da criminalidade, principalmente os casos de roubo à embarcação. Tivemos êxito nesse mecanismo através da integração dos órgãos, com equipamentos de ponta, destinados aos agentes para operar de forma segura. Foi uma estratégia acertada porque atingiu o objetivo”, concluiu Braga.
As mesas de discussão do 17º Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública seguem até às 18h30 desta quinta-feira (22), no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém.
Texto de Emilly Melo / Ascom Segup