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Escola de Itaituba participa da Olimpíada Brasileira de Restauração de Ecossistemas

Alunos do primeiro ano do ensino médio da Escola Profª Graça Cerqueira movimentam a cidade com plantio de ipês e árvores frutíreras

Por Bruno Magno (SEOP)
20/06/2023 13h00

Alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Professora Graça Estácio Cerqueira, em Itaituba, na região de Integração do Tapajós, participam da Olimpíada Brasileira de Restauração de Ecossistemas, organizada pela WWF-Brasil e associação Quero na Escola. Com projeto de plantação de ipês e árvores frutíferas, os alunos da equipe ''Tapajônicos'', do primeiro ano, do Ensino Médio, já conseguiram movimentar a cidade em ações de proteção ao ecossistema.

''Nosso projeto é realizado com foco na educação especial, onde envolvemos estudantes com transtorno do espectro autista nas atividades. Cada turma tem um representante no projeto, então conseguimos mobilizar toda escola e, agora, toda sociedade. São ações para regenerar a natureza, ações para impactar e criar conexões entre as pessoas'', explica Antônia Simone Silva, diretora da escola. 

De forma prática, o projeto consiste na plantação de mudas de ipês e árvores frutíferas no terreno da escola, trabalho que é realizado pelos 10 alunos do projeto. A mobilização foi grande e agora o projeto alcançou para além dos muros da escola, já que as mudas também estão sendo plantadas em outros espaços da cidade como em creches, escolas e, também, às margens do rio Bom Jardim, que corta a cidade.

''Nós temos alunos negros, indígenas e autistas participando do projeto. Conseguimos fazer diversas ações com ONGs da cidade, com o IFPA, também conseguimos mobilizar a cidade em torno do projeto e estamos muito felizes. Estamos com esperança de vitória em relação ao projeto'', conta a professora de educação especial e inclusiva da unidade, Eliude Ramos Ribeiro da Silva, coordenadora das ações.

Participante do projeto, o estudante Albert Mateus Rodrigues Pereira, do primeiro ano do Ensino Médio, está motivado com as ações desenvolvidas pelos alunos. ''Nós já fizemos vários eventos e distribuímos mudas em várias escolas e no IFPA, juntamente com a nossa equipe. Estamos indo muito bem, o projeto é bastante divertido'', conta ele, que possui transtorno do espectro autista. 

O próximo passo dos estudantes agora é enviar um relatório com todo trabalho desenvolvido pela equipe para organização do concurso, até o dia 30 de junho, e aguardar o resultado. 

Prêmio - Com dez temas formativos (segurança alimentar, leis de proteção, biodiversidade, conservar, povos originários, mudanças climáticas, serviços ecossistêmicos, comunidades, escassez hídrica, técnicas de restauração), a Olimpíada é composta por duas fases simultâneas: a on-line, que apresenta os temas formativos e convida o estudante a testar seus conhecimentos individualmente, e a prática, realizada em grupo, em que os jovens irão desenvolver, acompanhados de um professor responsável, seus projetos relacionados ao uso de tecnologia, plantio, mudanças na gestão da comunidade.

O grupo que enviar um relato de suas ações concorrerá em duas categorias: “Comissão julgadora” e “Voto popular”, valendo prêmios. Serão selecionados os 30 melhores projetos em todo o Brasil e os cinco projetos finalistas ganham viagem a São Paulo, onde terão a oportunidade de expor a ideia para comissão julgadora.