“Revista Geral”: Seap realiza operação preventiva nas 53 unidades penais do Pará
Ação ocorre de forma simultânea em todo Pará visando o feriado prolongado, garantindo a ordem e a segurança de servidores e custodiados da Seap
Para manter a segurança e a tranquilidade nas 53 unidades penais do Estado, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) iniciou nesta quarta-feira (7) a operação “Revista Geral”, uma ação simultânea em todas as regiões do Pará. Trata-se de uma operação preventiva visando o feriado prolongado de Corpus Christi, garantindo a ordem e a segurança dos servidores e dos próprios custodiados da Seap. A operação foi conduzida pela Secretaria Adjunta de Gestão Operacional (Sago), da Seap.
A operação teve início durante a manhã com uma preleção feita pelo Coronel PM Odenir Margalho de Souza, titular da Diretoria de Administração Penitenciária (DAP), e coordenador da operação, no Centro de Treinamentos de Instruções Especializadas (Ciesp), no Complexo Penitenciário de Santa Izabel. Todos os diretores de unidades que integram o Complexo estiveram presentes, juntamente com as equipes do Comando de Operações Penitenciárias (COP) e do Grupo de Ações Penitenciárias (GAP) que atuaram na ação.
O Coronel Margalho destacou que o objetivo da Seap é manter os critérios de segurança e tranquilidade nas 53 casas penais no Estado do Pará no período do feriado prolongado de Corpus Christi. A operação prosseguirá até o próximo domingo (11), com revistas e ações diárias nos presídios do Estado.
O diretor da DAP ressaltou que esse tipo de ação reflete também na segurança da sociedade em geral. Margalho afirma que cada órgão que compõe o Sistema de Segurança Pública do Pará possui sua missão específica, e o da Seap é manter a custódia e a segurança das casas penais. “Isso favorece o trabalho da Secretaria de Segurança Pública, pois, na nossa área específica, nós mantemos nossos custodiados seguros”, diz.
“Hoje iniciamos esta operação que ocorrerá durante todo o final de semana. Todos os dias nós faremos revistas estruturais nas unidades, faremos verificação dos nossos custodiados na questão da observância dos nossos procedimentos operacionais e, com isso, nós possamos dar às equipes de segurança, nossos policiais penais, corpo diretivo das unidades, aquela tranquilidade necessária para o desenvolvimento das atividades da Seap de custódia e reinserção social”, garantiu o coronel Margalho.
Presente na ação, o Comandante do Cope, Capitão PM Rubens Teixeira Maués Júnior, lembrou que o Cope vem se especializando cada vez mais na parte de intervenção, escolta e, durante as missões de intervenção realizadas durante as revistas nas casas penais, auxilia os operadores das unidades com relação à segurança de cada unidade. “Esse aparato é para reforçar a segurança nas unidades”, afirmou.
De acordo com o Capitão Maués, a operação fluiu dentro do planejado pela secretaria. “A revista está ocorrendo a contento. O que nós podemos observar com relação aos procedimentos de segurança, está tudo transcorrendo muito bem, na normalidade, então eu acho que, se manter esse padrão de tranquilidade, manteremos a paz no cárcere”, afiançou o comandante do Cope.
Prontidão – Comandante do GAP, Julio Cesar Neris observou que essas ações preventivas que a Secretaria tem adotado, principalmente nos períodos de intervalo de feriados prolongados, têm se demonstrado bastante eficientes. Segundo ele, isso tem permitido trabalhar na prevenção de qualquer ato de insubordinação por parte dos internos.
Mas Néris adverte que, caso os custodiados de alguma unidade “tenham a ideia de querer agir de forma a atentar contra a segurança das casas penais”, as forças especiais da Seap estão a postos para qualquer necessidade de intervenção.
“As nossas forças sempre estão em prontidão para o reativo e, como nós normalmente conversamos, nosso trabalho começa ali na prevenção, com atitudes, com ações como a de hoje, mas caso necessário, durante esse período, se for preciso reagir com certeza as forças estarão prontas para dar a resposta adequada”, afiançou o comandante do GAP.
O diretor do Centro de Recuperação Penitenciário do Pará III (CRPP3), Valdecir Lima, avalia que as operações são importantes no sentido de verificar, em primeiro lugar, a estrutura física da unidade e se não há algum tipo de material ilícito dentro da cela. Isso, afirma, permite corrigir determinados pontos ou possíveis falhas verificadas na ação de revista.
“Para toda ação que gera desconforto (para os internos), existe uma contrarreação que é tirar o ilícito, verificar se não há problemas estruturais dentro da cela. Em contrapartida a gente vai sanando esses problemas com esse tipo de trabalho, sempre preventivo. A prevenção gera melhorias no sentido de dar o que é de direito do custodiado, mas também de suas obrigações dentro do sistema“, finalizou o diretor do CRPP3.
Texto: Márcio Sousa / NCS Seap