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Secretaria de Estado de Saúde Pública destaca cuidados contra obesidade infantil

Sespa esclarece as principais causas, formas de prevenção e as medidas tomadas para a redução da doença no Pará

Por Melina Marcelino (SESPA)
02/06/2023 16h36

Em 3 de junho, é celebrado o Dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil. Uma data que objetiva orientar a população a respeito da doença que acomete milhares de crianças no Brasil e no mundo. A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) aproveita a oportunidade da data para destacar as principais causas, formas de prevenção e medidas  tomadas para a redução da doença no Pará.

A obesidade é uma doença crônica, considerada uma epidemia mundial pela Organização Mundial de Saúde, que caracteriza-se pelo acúmulo excessivo de gordura corporal e, ano após ano, aumenta o número de crianças que estão acima do peso. Entre as crianças atendidas na Atenção Primária, em 2022, no estado, 6,3% dos menores de 5 anos e 11,38 % das crianças entre 5 a 10 anos apresentaram obesidade.

A Sespa realiza constantemente ações de capacitação, monitoramento, assessoramento técnico junto a gestores e profissionais da Atenção Primária à Saúde e da educação a respeito do combate à obesidade infantil, através do Programa Saúde na Escola (PSE). Além disso, fornece material educativo para a implementação de programas nacionais a serem executados pelos municípios, como o “Programa Crescer Saudável” (PCS) e a Estratégia de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil (Proteja).

Especialistas indicam que a obesidade costuma ser causada pela associação de fatores genéticos, ambientais e comportamentais. A predisposição é um fator importante, mas seguindo uma alimentação correta e outros hábitos saudáveis, como exercícios físicos regulares, diminui-se as chances da incidência de obesidade infantil.

Segundo Walkiria Moraes, coordenadora de nutrição da Sespa, a prevenção à obesidade infantil já começa na fase de gestação, com um ganho de peso adequado da mãe e, posteriormente, através do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida do bebê. Depois dessa fase, a introdução alimentar da criança deve ser com alimentos in natura e minimamente processados, com frutas, verduras, legumes, arroz, feijão, leite, ovos etc.

A coordenadora salienta que o consumo de alimentos ultraprocessados deve ser evitado por todos, mas principalmente para crianças em estágio de formação: “O consumo de refrigerantes, biscoitos recheados, sucos de caixinha, embutidos, macarrão instantâneo, alimentos com muito açúcar pela criança acaba gerando uma dificuldade na aceitação de alimentos saudáveis, que são importantes para o crescimento e desenvolvimento. Atentar também que na faixa etária infantil a aceitação de alimentos saudáveis é menor e devem ser estimulada, pois são importantes para o crescimento e desenvolvimento. Afinal, os bons hábitos alimentares são formados nessa fase”, acrescentou.

Os bons hábitos alimentares, além da escolha de alimentos saudáveis, também incluem estabelecer uma rotina de refeições para as crianças. É importante estabelecer horários diários para as refeições principais (café da manhã, almoço e jantar) e para os lanches da manha e da tarde. Ter esta rotina aumenta as chances da implementação de hábitos alimentares saudáveis pela criança pelo resto da vida.

Além da atenção com a alimentação, é preciso gerar estímulos para a realização de exercícios físicos regulares e a implementação de uma boa rotina de sono da criança. Afinal, o sedentarismo é considerado fator de risco para a obesidade em qualquer faixa etária. As atividades físicas são fundamentais em todas as etapas do desenvolvimento infantil e ajudam no equilíbrio do balanço energético da criança. 

Texto de Edilson Teixeira / Ascom Sespa