Ideflor-Bio garante 700 mil sementes de cacau para as regiões sul e sudeste
Material viabilizado junto à Comissão Executiva da Lavoura Cacaueira deve fomentar a restauração florestal e o cultivo da fruta em municípios da região
Como parte das ações de recuperação de áreas alteradas e fortalecimento da agricultura familiar no sul e sudeste paraense, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), por meio do Escritório Regional de Carajás (Marabá), viabilizou junto à Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) a distribuição de 700 mil sementes de cacau (Theobroma cacao) para 21 municípios da região.
A iniciativa apoia a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), e vai ao encontro dos objetivos do Programa Territórios Sustentáveis, do governo do Pará, que incentiva a restauração florestal com ganhos ao produtor. Pesquisas revelam que as lavouras cacaueiras são majoritariamente relacionadas à agricultura familiar e a maior expansão do plantio tem sido em áreas de pastagens.
Gerente da Emater, em Marabá, Márcio Holanda (de azul) e produtores rurais com as sementes de cacau e o fruto De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil produziu 270 mil toneladas de amêndoas de cacau entre 2020 e 2021. A região Norte responde por 150 mil toneladas, e somente o Pará produz 96% desse total. O Estado é considerado o maior produtor nacional do fruto, com R$ 1,8 bilhão, de cerca de R$ 3,5 bilhões movimentados no País em 2020.
Vale ressaltar que além da distribuição das sementes, o Ideflor-Bio já estuda a possibilidade de implantar Sistemas Agroflorestais (SAFs) em comunidades rurais da região. O trabalho mediado pelo Escritório Regional de Carajás (Marabá), será executado pela Diretoria de Desenvolvimento da Cadeia Florestal (DDF), que já desenvolve ações semelhantes em municípios do sul e sudeste paraense.
Entrega - A distribuição das sementes às secretarias municipais, cooperativas e associações foi realizada em duas etapas, durante todo o mês de maio, sendo na primeira fase beneficiados os seguintes municípios: Canaã dos Carajás, São João do Araguaia, Parauapebas, Jacundá, São Geraldo do Araguaia, Itupiranga, Eldorado dos Carajás, Floresta do Araguaia, Redenção e Marabá.
Já na segunda remessa, o material foi destinado aos municípios de: Parauapebas, Palestina do Pará, Piçarra, Eldorado dos Carajás, Rondon do Pará, Jacundá, São Domingos do Araguaia, Bom Jesus do Tocantins, Itupiranga, Abel Figueiredo, Nova Ipixuna, Canaã dos Carajás, Curionópolis, Marabá, Tucuruí, Goianésia do Pará, Breu Branco e São Geraldo do Araguaia.
Parcerias - O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, destacou a importância dessa ação que vai de encontro aos objetivos previstos pelo Instituto para os próximos anos.
“Estipulamos metas ambiciosas, mas realistas, para serem implementadas de 2023 a 2026. Algumas delas consistem na concessão de 200 mil ha para reflorestamento; promover a regeneração natural em 160 mil ha de florestas públicas concedidas; além da recuperação com SAFs de 04 mil ha de áreas degradadas, capoeiras, margens e nascentes. Portanto, temos muito trabalho pela frente e com o apoio de instituições como a Ceplac, a Sedap e tantos outros, conseguiremos atingir nosso principal objetivo: promover o desenvolvimento com sustentabilidade”, destacou o titular do Ideflor-Bio.
O gerente do Escritório Regional de Carajás (Marabá), Márcio Holanda, destacou que está sendo feito uma série de visitas em todos os municípios abrangidos. Ele disse que está conversando com prefeitos, secretários municipais, universidades, institutos de pesquisa e demais órgãos públicos, com o intuito de estabelecer uma rede que possa promover a recuperação de áreas alteradas no sul e sudeste paraense.
“Nós estamos integrando, de fato, uma rede de apoio para esse desafio que é uma política de Estado. E o Ideflor-Bio, através dos seus Projetos Prioritários, tem o compromisso de alcançar metas para que o Pará se torne e, não tenho dúvidas que isso vai acontecer a partir dessa cooperação, referência em reflorestamento. Esse é um trabalho que vai garantir renda aos agricultores familiares, além da preservação e da recuperação do passivo ambiental”, enfatizou o gerente.