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Evento discute detalhes finais de plano estadual para erradicar o trabalho escravo

Por Redação - Agência PA (SECOM)
26/04/2018 00h00

O segundo dia da Oficina de Trabalho da Comissão Estadual de Erradicação ao Trabalho Escravo (Coetrae) ocorreu na manhã desta quinta-feira, 26, no Auditório Aluysio Chaves, no Tribunal Regional do Trabalho da 8° Região, em Belém. A programação se concentrou em debates e sugestões para a finalização do Plano Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo do Pará (Peete/PA), além da participação da ONG Repórter Brasil, que apresentou o trabalho do projeto “Escravo Nem Pensar”, levado a vários municípios do estado, em parceria com a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).

Para a coordenadora da Coetrae, Leila Silva, a oficina foi produtiva e conseguiu dialogar com os representantes dos municípios presentes. “A oficina foi muito positiva e produtiva. Conseguiu trazer 28 municípios, que colaboraram e fizeram seus planos de ações, além de compartilhar suas angústias e de como vão tratar essa temática. Então a impressão do evento foi a melhor possível e temos, a partir de agora, uma responsabilidade muito grande para efetivar essas ações e dar celeridade no processo”, disse.

A coordenadora do programa “Escravo Nem Pensar” da ONG Repórter Brasil, Natália Suzuki, participou do segundo dia da oficina mostrando o trabalho do projeto realizado no Estado em parceria com a Sejudh. Para ela, o ponto principal da oficina foi tratar sobre o Plano Estadual de Erradicação. “A importância dessa oficina é justamente tratar do Plano Estadual. O Pará é um dos poucos estados a ter um Plano Estadual para erradicação do trabalho escravo. Então sai na frente dentro dessa agenda de combate em perspectiva nacional. E quando a Coetrae reúne representantes da sociedade civil, Ministério Público do Trabalho, instituições governamentais e internacionais como a OIT pra discutir a possibilidade de atualização desse plano, isso se torna extremamente fundamental.”

Irmã Henriqueta Cavalcante, coordenadora da Comissão Justiça e Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), acredita que o evento trouxe, dentre outras coisas, uma reflexão sobre uma temática relevante para o estado. “Acredito ter sido de suma importância, devido à capacidade de interação e contribuição entre os participantes. A oficina, de fato, trouxe para nosso estado uma reflexão de um conteúdo extremamente relevante, com uma demanda que temos no estado do Pará. Foi uma oficina exitosa e de boa qualidade”, avaliou.

Já a coordenadora estadual da Comissão Pastoral da Terra, Geuza Morgado, presente no evento representado o município de Marabá, no sul do Pará, mostrou-se animada com o processo de articulação organizado pela Coetrae, e acredita que o plano estadual representa parte de um dever cumprido pela sociedade civil. “Estamos vivendo um novo tempo. Até pouco tempo atrás estávamos vendo cair por terra todos os direitos de combate ao trabalho escravo a nível de Brasil. Essa articulação, a nível nacional e estadual, na erradicação ao trabalho escravo se deu porque muitas pessoas já estão cientes de se tratar de um crime que precisa ser combatido. A Coetrae trabalha muito bem na articulação dessa rede, fazendo o plano se concretizar. A sociedade civil sai hoje com parte do seu dever cumprido. Hoje temos um plano, sendo articulado entre essa sociedade civil e o estado para que ele realmente aconteça e faça fortalecer o combate ao trabalho escravo, para por fim, erradicá-lo”, comentou.