Moradoras do entorno da UsiPaz Professor Amintas Pinheiro concluem curso de artesanato com fibra vegetal
Concluintes receberam insumos para começar a própria produção de artesanato, e orientações sobre linha de crédito para começar seu próprio negócio
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) promoveu mais um curso de capacitação para a produção de artesanatos e artefatos em juta, uma fibra vegetal. A oficina atendeu moradoras do entorno da UsiPaz Professor Amintas Pinheiro, em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém.
Ao todo, 11 mulheres tiveram a oportunidade de aprender como trabalhar com a fibra natural em diversas peças artesanais.
Com duração de três dias, a formação teve início na terça-feira (23) e se estendeu até a sexta-feira (26), com aulas de técnicas corte de fibra natural, modelagem, acabamento e costura final dos artigos produzidos, como nécessaire masculina e feminina; bolsa para festa, porta-moedas e chaveiros, entre outros. Ao final, as participantes receberam certificados e insumos para começar a própria produção.
Linha de crédito –Durante a capacitação, as participantes conheceram as diretrizes do "Empodera", programa de crédito do Banco do Estado do Pará (Banpará), no âmbito do programa TerPaz, que incentiva a independência financeira por meio da ampliação ou criação de novos negócios liderados por mulheres. A apresentação da linha de crédito foi realizada pelo agente de microcrédito do Banpará da Cidade Nova, Marco Aurélio D. de Azevedo.
A linha de crédito é voltada para mulheres com atividade econômica própria e lucrativa, com período mínimo de 3 meses, ou aquelas que pretendem empreender e já realizaram curso de capacitação. Além disso, microempreendedoras em geral que atuam em qualquer ramo de atividade, formal ou informalmente, mas não possuem acesso a outras linhas de crédito também são contempladas pelo programa.
Para ter acesso ao recurso destinado às mulheres empreendedoras de baixa renda, as interessadas devem procurar uma agência do Banpará. Nessa agência, será possível obter todas as informações necessárias sobre a iniciativa econômica e solicitar uma proposta de financiamento. É importante estar com todos os documentos necessários em mãos, como comprovante de renda e de residência para agilizar o processo de análise e aprovação da proposta.
Rita Queiroga, supervisora de Produção da CTC, destacou a importância do “Empodera” para quem quer iniciar o próprio negócio e também para aquelas que queiram potencializar o ramo de atuação. “Há cerca de um ano e seis meses a Companhia está participando do projeto, e nesse período, cerca de 300 mulheres já foram capacitadas. A conclusão no curso transforma e empodera essas mulheres. A partir de agora elas irão conquistar a independência financeira”, disse a supervisora.
João Gabriel Santos, diretor geral daUsiPaz Professor Amintas Pinheiro, participou da entrega de certificados e agradeceu a parceria entre Sedeme e CTC para a realização da capacitação. “ Espero que o conhecimento adquirido aqui não fique somente na sala de aula. A linha de crédito é a oportunidade de vocês colocarem em prática tudo aquilo que aprenderam durante os três dias de curso. Aproveitem o conhecimento adquirido para empreender", disse o diretor.
Expectativa - Aos 46 anos de idade, a artesã Nilza Oliveira Soares tem mais de 10 anos dedicados ao artesanato. " A capacitação veio incrementar as minhas vendas. Agora vou produzir as minhas embalagens a partir da juta. O sentimento é de alegria e pertencimento. Foram três dias de muito aprendizado. Me sinto feliz com essa oportunidade", externou.
A costureira e a Cema Ferreira, de 58 anos, participou pela primeira vez do curso, e conta que viu na capacitação uma forma de se aprimorar ainda mais na costura. “Para mim, o curso foi mais uma experiência e aprendizado. Espero ainda pode fazer muitas bolsas,” destacou.
Já à doméstica Marileide Ferreira, de 55 anos, que participava do curso pela quarta vez, reforçou que o curso de artesanato é um alternativa para ganhar dinheiro a partir da produção própria. “Foi um aprendizado muito grande e uma forma de valorizarmos os produtos que não agridem o nosso ambiente,” acrescentou.