Empresas de agrofertilizantes investem 15 milhões em Santarém
As empresas Camporico e Fertitex farão investimentos de 15 milhões de reais na aquisição e edificação de unidades industriais no bairro da Matinha, área a quatro quilômetros do porto de Santarém, para produção e comercialização de agrofertilizantes. Os dois empreendimentos receberão benefícios fiscais do Estado, que os apoia visando à geração de renda e empregos no oeste paraense. A previsão de funcionamento é para início de 2018 com oferta de dezenas de postos de trabalho, sobretudo para operadores de máquina empilhadeira e pá carregadeira.
O secretário de Desenvolvimento Econômico do Pará, Adnan Demachki, à frente das tratativas com o executivo das duas empresas, Paulo Palaria, aponta uma série de fatores positivos que levaram à atratividade das indústrias. “Empreendimentos como esses são interessantes porque descentralizam negócios na medida em que investem em áreas distantes da capital paraense. Uma das empresas, inclusive, vai utilizar a prática da logística reversa descendo com fertilizantes para o Mato Grosso e subindo, de volta, com grãos. Por sua vez, como os fertilizantes serão fabricados aqui espera-se preços mais competitivos, o que beneficiará pequenos e médios produtores paraenses, com precificação mais barata que a compra de importados”, destacou o secretário estadual.
Demachki observou que o Governo do Pará apoia institucionalmente projetos do setor produtivo que possam aquecer o mercado de trabalho formal com mais emprego e renda para população local.
Paulo Palaria afirmou que a Fertitex já atua no Pará desde 2015, contudo, ela terá sua performance consolidada com a entrada em operação da Camporico, que recém adquiriu sua licença ambiental junto às secretarias estadual e municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade e aguarda o resultado oficial da vistoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que vistoriou a área e constatou o atendimento dos requisitos legais.
“Estávamos esperando a concessão dos incentivos fiscais para adquirir nosso maquinário, aliás, o único ponto que ficou pendente na vistoria do Mapa. A gente busca qualidade e o menor custo para o cliente, na ponta, sem os incentivos, isso é impossível”, reconheceu o industrial.