Com aula sensorial para alunos da rede pública, Ideflor-Bio celebra Dia da Biodiversidade
Programação no Parque do Utinga visa conscientizar a sociedade sobre a importância de conservar e proteger a diversidade biológica do planeta
Estudantes da rede pública estadual tiveram uma aula diferenciada no Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”, em Belém, nesta segunda-feira (22), Dia Internacional da Biodiversidade, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU). A iniciativa do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) buscou conscientizar a sociedade sobre a importância de conservar e proteger a diversidade biológica do planeta, em especial, do bioma amazônico.
Os estudantes tiveram um aprendizado in loco sobre flora e fauna da AmazôniaA programação, organizada pela Diretoria de Gestão da Biodiversidade (DGBio), por meio da Gerência de Biodiversidade (GBio), forneceu aos alunos da Escola Estadual Alcides Carneiro, em Ananindeua (Região Metropolitana de Belém), informações e conceitos em relação à preservação da fauna paraense, sobre o que é um Parque Ambiental, uma Unidade de Conservação (UC) e a importância e o objetivo da criação dessas áreas.
Durante o passeio, eles também conheceram em detalhes o Projeto de Reintrodução e Monitoramento de Ararajubas na Região Metropolitana de Belém, executado pelo Ideflor-Bio, em parceria com a Fundação Lymington de São Paulo (SP). Há pouco tempo, as ararajubas (Guaruba guarouba) eram consideradas por instituições de pesquisa aves extintas nos arredores de Belém.
Com muito trabalho, estudo e dedicação, elas estão de volta ao céu da capital paraense. Em oito anos de trabalho, mais de 50 ararajubas foram devolvidas à natureza. O melhor local para encontrar os pássaros é o Parque Estadual do Utinga. Mas também é possível avistá-las em diferentes pontos da cidade, especialmente nas bordas de áreas verdes.
Aprendizado - Apesar de já ter visitado o Parque Estadual do Utinga anteriormente, a estudante do 7º ano, Izabelly Souza, avaliou o novo passeio como uma ótima oportunidade para conhecer ainda mais sobre o bioma amazônico e o trabalho dos biólogos. “Acho muito importante a preservação das nossas florestas, tanto para o nosso conhecimento, como para a própria natureza. Até porque, infelizmente, o desmatamento e o tráfico de animais ainda são uma realidade. Por isso, precisamos estar atentos”, disse a estudante.
Quem propôs a visita ao Parque Estadual do Utinga foi a professora de Língua Portuguesa Rosineide Aquino, após passar uma tarefa à turma sobre a extinção de espécies da fauna e flora brasileira. “A partir da curiosidade dos alunos, eles chegaram a um site que falava sobre a extinção das ararajubas no Pará. Então, fomentamos o trabalho sobre educação ambiental na disciplina de Linguagem, para trabalhar a construção do gênero Notícia”, informou.
A educadora disse, ainda, que “a experiência está sendo a melhor possível, porque a gente sai do abstrato, do livro didático, e passa a ver in loco como o nosso ecossistema é rico. A nossa escola fica em Ananindeua, bem próximo desta UC, fazendo com que eles possam visualizar a partir de outra perspectiva algo que está tão perto deles, e ao mesmo tempo não é tão perceptível por conta do dia a dia”.
Laboratório a céu aberto - O Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna” tem mais de 1,3 mil hectares. Nessa área é possível encontrar diversas espécies da fauna e flora da Amazônia, o que caracteriza o local como um verdadeiro laboratório a céu aberto na área urbana de Belém. A gerente de Biodiversidade do Ideflor-Bio, Mônica Furtado, explicou como outras unidades de ensino podem visitar a UC.
“As escolas podem solicitar a visita por meio de um ofício endereçado à GBio ou para o e-mail da Gerência da Região Administrativa de Belém (GRB) - grb.dgmuc@gmail.com - responsável pelo Parque Estadual do Utinga. Por esses canais, a gente consegue agendar o passeio escolar/universitário, de acordo com a disponibilidade dos respectivos setores do Instituto”, explicou a gerente.