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Fundação Santa Casa celebra alta hospitalar de 13º paciente renal transplantado

Após 2 anos de diálase, Samyra Fernandes, de 13 anos, fez um transplante de rim e teve a alta comemorada pelos profissionais de saúde e familiares

Por Samuel Mota (SANTA CASA)
16/05/2023 12h37

A satisfação de Samyra Araújo Fernandes, de 13 anos, não pode ser mensurada diante da alegria e do alívio com o sucesso da cirurgia de transplante, no último mês de abril. Após receber a alta, ela já quer retomar à rotina junto aos irmãos e amigos. Do diagnóstico de Samyra até o transplante foram mais de 2 anos fazendo diálise na Santa Casa do Pará. Uma rotina pesada e dolorosa para a família da adolescente. 

“Eu gosto de fazer as minhas coisas em casa. Quando estava em Anapu (município onde nasceu), sempre brincava com meus irmãos e agora é muito bom voltar e estar de boa, e quando retirar o catéter vou voltar à ativa, tomar banho na piscina e brincar no banho com meus irmãos. Vou agora retornar às aulas todos os dias. Antes ia um dia sim outro não por conta da minha diálise que precisava fazer aqui na Santa Casa”, diz Samyra.

Luzanir da Rocha Araújo, dona de casa, mãe de Samyra Araújo Fernandes. Fala que está a dois anos e seis meses em Belém. “Tenho mais dois filhos além da Samyra. Pretendo voltar ainda para Anapu, minha cidade de origem, assim que a médica liberar minha filha”.

“É muito difícil ficar por aqui com eles. Tive que vir para cá por conta do tratamento dela. Assim que as consultas dela vierem a ser a cada dois meses, eu vou e volto com ela. É mais tranquilo. Graças a Deus a cirurgia de minha filha foi um sucesso. O médico disse que parecia que o rim era dela mesmo. Eu sempre orava a Deus pela saúde da minha filha e agora ver minha filha saudável, é um momento de plena felicidade”, relata Luzanir.

Sobre a alta médica de Samyra, a médica Cynara Zanquet Lisboa, especialista em transplante renal pediátrico, diz que é uma sensação de renovação de esperança, principalmente para a família e é um prazer muito grande para a equipe dar alta a essa paciente. 

“Dá uma sensação de dever quase cumprido, já que o transplante ainda requer cuidados. Vai precisar ficar vindo para a consulta. Mas isso dá uma liberdade muito grande para ela de voltar à sua rotina, de voltar às suas atividades diárias e muito mais qualidade de vida, que é isso que importa e esse é o nosso objetivo”, enfatiza Cynara.

“Nessa fase inicial do transplante a paciente ainda deve ficar aqui em Belém, por um período maior, até a gente conseguir ajustar todas as medicações dela e esses retornos, inicialmente, são mais frequentes. Podem ser quinzenais, podem ser mensais e com o tempo a gente vai espaçando para a própria segurança do paciente. Até a gente ver que estão bem habituados às medicações, que é muito importante para a conservação desse transplante funcionando”, informa a médica.  

Alerta sobre a questão renal - O inchaço, o excesso de sede, além de dor ou dificuldade para urinar, são alguns dos sintomas  comuns das insuficiência renal em crianças. O inchaço pode ser por todo o corpo, mas também localizado no rosto, pálpebras, mãos, pés, braços e pernas. 

Vômitos, anemias de difícil tratamento, pressão alta, infecções urinárias repetitivas e até atraso no desenvolvimento e crescimento da criança também podem ser sinais de alerta para a doença.

Por isso, a família  deve procurar atendimento médico quando um ou mais desses sintomas surgiram  para que seja feito  o correto diagnóstico e início mais rápido do tratamento.

Entre as causas da insuficiência renal crônica em crianças estão as malformações congênitas do trato urinário, que podem ter origem em fatores genéticos, infecciosos ou ambientais; as doenças hereditárias; e as glomerulopatias, doenças que afetam os glomérulos renais, que são as estruturas responsáveis pela filtração do sangue e produção de urina.

Texto da Ascom Santa Casa