Sejudh discute mercado de trabalho e emprego para migrantes e refugiados

Na Sejudh, migrantes e refugiados receberam informações sobre trabalho e emprego no território paraenseDezenas de migrantes e refugiados no Pará participaram, na manhã desta sexta-feira (12), na sede da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), em Belém, do I Encontro sobre Trabalho, Emprego e Renda à Pessoa Refugiada e Migrante. O evento com palestras sobre direitos trabalhistas e o cenário do emprego no Pará, ofereceu ao segmento a possibilidade de cadastrar currículos em uma plataforma de empregos e auxiliou na emissão da carteira de trabalho digital.

“Para mim, é uma grande felicidade poder participar desse evento, espero terminar o curso que estou fazendo agora e conseguir um emprego na minha área”, festejou o confeiteiro cubano Davi Silva Danger, de 42 anos. 

Sejudh oportunizou cadastro de currículos em plataforma de empregos e auxiliou na emissão da carteira de trabalho digitalDavi está no Brasil, desde fevereiro deste ano, depois de passar por três países diferentes, fugindo, segundo ele, das “péssimas condições de vida” em Cuba. “Belém tem me dado oportunidades desde que cheguei e enfrentei algumas dificuldades no início. Mas nada que se compare com a situação em Cuba, que é muito difícil. Sei que muitos cubanos ainda passarão por aqui, daí a importância de termos cada vez mais chances como essa”, explicou. 

De acordo com a titular da Coordenadoria de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, Erradicação do Trabalho Escravo e Migração Segura (CTETP) da Sejudh, Lorena Romão, a Secretaria atua, principalmente, na regularização migratória de migrantes e refugiados, para que, dessa forma, eles possam ingressar no mercado de trabalho.

Em Belém, o I Encontro sobre Trabalho, Emprego e Renda à Pessoa Refugiada e Migrante, promovido pela Sejudh“O principal objetivo do evento de hoje se coaduna com a própria missão da Sejudh, que é a de articular políticas públicas em prol das pessoas que atendemos, como os refugiados e migrantes. Sabemos que um dos maiores fatores de promoção de direitos humanos dessas pessoas é justamente que eles possam ter acesso a um trabalho digno e, assim, prover a sua estadia aqui no Brasil”, frisou. 

O titular da Sejudh, Evandro Garla, destacou a importância da união com outros órgãos do governo e da iniciativa privada com o intuito de criar uma rede de apoio para pessoas migrantes e refugiadas no Estado do Pará. O evento desta sexta-feira contou com a parceria da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) e Gestor Consultoria, além do apoio da Organização Internacional para as Migrações (OIM Brasil), Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e Ministério Público do Pará (MPPA).

“Hoje, juntamente com a Seaster, a Gestor Consultoria e outros parceiros, estamos realizando esse encontro para potencializar as atividades e buscar garantir emprego, renda para os migrantes e refugiados que estão no Pará. Desde 2017, Belém e o Pará têm recebido muitos migrantes da Venezuela e, mais recentemente, de Cuba e Haiti. Por isso, estamos trabalhando com transversalidade para atender às necessidades dessas pessoas”, pontuou. 

O secretário adjunto da Seaster, Miriquinho Batista, disse que essa é uma missão de todo o Estado, de todo o Governo, por isso, a Seaster está à disposição da causa dos migrantes e refugidos. “Vamos colocar toda a nossa inteligência na tarefa de transformar em ação a missão de cuidar dos nossos irmãos que vêm de outros lugares em busca de apoio”, ressaltou. 

Migrantes e refugiados atentos às informações e orientações no evento promovido pela Sejudh, em BelémDurante o evento, os migrantes tiveram informações sobre como funcionam programas do Governo do Pará, como o Qualifica Pará e o Primeiro Ofício, além de ter ajuda para cadastrar seus currículos na Plataforma Comtalento, da Gestor Consultoria, e auxílio na emissão da carteira de trabalho digital.

Foto: Wagner Almeida/ Ascom Sejudh.