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Após 1 ano e 4 meses, criança recebe alta da UTI do Hospital Abelardo Santos

João deu entrada no HRAS pela urgência e emergência infantil e foi diagnosticado com Atrofia Muscular Espinhal (AME)  

Por Ascom (Ascom)
10/05/2023 19h07

A esperança dona de casa, Rafaela Paiva, de 18 anos, foi renovada na manhã desta quarta-feira (10), ao receber a notícia da alta do filho João Miguel, de 1 ano e 6 meses, da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica, do Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), no distrito de Icoaraci, em Belém. Ele estava na Unidade há um ano e quatro meses. Agora, ele segue para continuar os cuidados na enfermaria da maior unidade pública do Estado do Pará. 

“É um sentimento muito bom. Ele já deu um passo importante saindo da UTI, após várias intercorrências e procedimentos. Já não se tinha mais esperança na recuperação dele”, disse Rafaela. 

A mãe de João recorreu aos serviços do Hospital Abelardo Santos, em dezembro de 2021, ainda quando a criança tinha dois meses. Ele apresentava um quadro de gripe recorrente e de grave pneumonia. A família, vinda do município de Tome-Açu, no nordeste paraense, distante a 201 quilômetros de Belém, encontrou apoio médico e logístico na capital. “Foram muitas dificuldades. Mas o HRAS disponibilizou leito. Meu bebê corria risco. Foi um alívio ele internar”, relembrou a dona de casa. 

Urgência e emergência 

João entrou na unidade pelo Pronto Socorro Infantil do HRAS, onde recebeu todo o suporte necessário. “Quando chegamos aqui a pediatra atendeu e após a avaliação, além da pneumonia, meu filho estava com choque séptico também, foi entubado e direcionado para UTI. Com seis meses de internação, após exames, foi confirmado que ele tem Atrofia Muscular Espinhal (AME). Os atendimentos médicos, da enfermagem, fisioterapia, na verdade, de todos os profissionais foram ótimos”, elogiou.

A enfermeira da UTI pediátrica do HRAS, Bruna Melo, se emocionou na saída de João Miguel da UTI. A profissional lembra que estava com a sua equipe no dia que criança chegou no setor. “Depois de todo esse período de internação, foi impossível não criar vínculos com o João e a família. Aqui ele recebeu toda a atenção necessária, passou por diversos procedimentos como a traqueostomia, gastrectomia, além do cuidado de banho, medicação, aspiração. Eu fico com vontade de chorar, porque essa não foi primeira tentativa de desospitalização dele, mas agora deu certo. E toda equipe agora torce que ele fique bem no leito clínico para que em breve possa ir para casa”, comemorou emocionada. 

Previsão de Alta 

A ida definitiva de João Miguel para sua família acontecerá quando toda a infraestrutura equipamentos médicos necessários estiverem instalados e o acompanhamento dos profissionais de saúde em casa seja realizado de forma regular para que sua alta hospitalar seja feita de forma segura. É que mesmo em casa, João deve ficar sob os cuidados médicos. 

AME

Segundo Ministério da Saúde, existem cerca de 8 mil tipos de doenças raras no mundo, incluindo a Atrofia Muscular Espinhal (AME). Para ser considerada rara, a doença tem que atingir 65 a cada 100 mil pessoas. Estudos apontam que 80% das doenças raras decorrem de fatores genéticos e 20% estão distribuídos em causas ambientais, infecciosas e imunológicas. Há 40 protocolos de atendimento voltados para o tratamento de diversas doenças raras no âmbito do SUS, incluindo a AME.

Para a diretora técnica do HRAS, Barbara as altas de pacientes sempre são muito significativas para toda a equipe da unidade. “A sensação é de estar cumprindo a nossa missão, que é cuidar de pessoas e melhorar a qualidade de vidas delas. Temos nos empenhado para que o João e sua família retornem para casa e possam ter de volta uma rotina fora do ambiente hospitalar. No HRAS, temos profissionais extremamente competentes e que se dedicam a prestar uma assistência de qualidade”, ponderou a médica. 

SERVIÇO - O Hospital Regional Dr. Abelardo Santos pertence à rede pública do Governo do Pará, com administração do Instituto Social Mais Saúde (ISMS), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

 

Texto: Ascom Hospital Regional Dr. Abelardo Santos