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Em Festival de Anajás, Emater ensina a fazer pizza, coxinha e brigadeiro de açaí

Com capacitação da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), grupo de mulheres surpreende com iguarias do fruto amazônico

Por Ascom (Ascom)
09/05/2023 15h33

Um grupo de mulheres de Anajás, no Marajó, encontra-se pronto para surpreender a culinária do município com iguarias de açaí: massa de pizza, massa de coxinha, brigadeiro, pudim e bolo.

O movimento é resultado de uma capacitação promovida pelos escritórios regional e local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) como parte da programação prévia do III Festival de Açaí de Anajás.

O evento realizou-se no último fim-de-semana, no salão da Igreja, no Centro, com um público de mais de cinco mil pessoas prestigiando aquela que é a principal atividade socioeconômica da agricultura familiar dali: o extrativismo de açaí. No município, a Emater atende mais de 200 famílias diretamente envolvidas. 

Capacitação

O "Curso de Alimentação Alternativa, com Foco em Açaí" significou 12 horas de aulas teóricas e práticas em uma cozinha semi-industrial para 16 mulheres, de 24 a 50 anos, das zonas urbana e periurbana. As participantes são lideranças comunitárias, de quem se espera a multiplicação dos conhecimentos sobre as diversas possibilidades de aproveitamento da polpa do fruto. A experiência visa a muito além do consumo tradicional, o qual se dá em forma do que o povo chama de “vinho”, o líquido puro batido. 

De acordo com a chefe do escritório local da Emater, em Anajás, a técnica em agropecuária Darcileide Corrêa, a iniciativa apóia empreendedorismo feminino e valorização dos potenciais amazônicos: “Isso tudo no contexto de segurança alimentar, consciência nutricional e geração de trabalho e renda. Uma das prerrogativas da atuação da Emater é extensão, ou seja, acompanhamento das etapas além de ciências agrárias, mas também de ciências sociais”, pontua. 

Os produtos gerados no Curso foram degustados e comercializados no Festival em si, com lucro destinado a obras assistenciais da Paróquia. Só de brigadeiro, constaram mais de 200 unidades. 

Para a chefe da cozinha da Paróquia e coordenadora do Terço da Mulheres, Marineusa Cavalcante, uma das responsáveis pela parceria, “o curso de comidas alternativas foi uma novidade excelente, uma grande atração no Festival, tudo foi vendido”, conta. O plano é estender o compartilhamento de ações com a Emater, especifica. 

Gratidão

A auxiliar administrativa Edileuza dos Santos, de 49 anos, relata “maravilhosidade” com o universo das receitas inusitadas: “Recomendo. Informações úteis de verdade, porque a gente nasce e cresce com açaí e às vezes não pára pra imaginar o tanto de coisa gostosa que se pode fazer com ele”, diz a marajoara, para quem o hábito de açaí no almoço e na janta é sagrado, sem falha mesmo na entressafra. 

Ela é proprietária de um pequeno negócio de salgados, o Delícias da Dila, com oferta de bufê para festas e venda em uma banca em frente de casa, no bairro Prainha: “Agora o cardápio está atualizado. Neste domingo já vou vender pudim de açaí”, antecipa. 

Texto de Aline Miranda