FCP, Ioepa e Uepa reforçam iniciativas que estimulam a leitura
A data de primeiro de maio também marca o Dia da Literatura Brasileira, e durante todo o ano o governo estadual promove iniciativas, por meio da Fundação Cultural do Pará (FCP), Imprensa Oficial do Estado (Ioepa) e Universidade do Estado do Pará (Uepa), que incentivam a produção e leitura de obras nacionais e regionais.
Acervo - A FCP trabalha principalmente com preservação das obras e incentivo à leitura. Em abril, as ações de interiorização da Fundação alcançam mais de dez municípios no estado, com programas como o Leitura por Todo o Pará, Caravana da Leitura e Expedição Literária.
A estrutura conta também com a Biblioteca Pública Arthur Vianna (BPAV), cujo acervo é composto em sua maioria por obras brasileiras e possui uma seção dedicada à literatura paraense. Além disso, um dos editais da FCP objetiva ampliar o acervo regional utilizado nos espaços de leitura.
De acordo com a Simone Rabelo, bibliotecária da BP Arthur Vianna, são cerca de 100 mil exemplares da literatura brasileira disponíveis. "A importância da literatura é que, além dela dar a população o intelectual, social, ela documenta os eventos do nosso país, provocando reflexões sobre as desigualdades sociais. São várias literaturas aqui: inglesa, americana, alemã, espanhola, portuguesa, mas a brasileira é de muita importância para que a biblioteca garanta o acesso da população paraense à informação sobre literatura, sobre a nossa própria história, sobre o Brasil", detalha.
Aenne Bentes é professora de língua portuguesa e pega emprestado na biblioteca, em média, nove livros por mês. "Há cerca de 40 anos, vim de Óbidos para Belém e comecei a frequentar a biblioteca. Venho quase diariamente aqui. O acervo é muito importante. Ter um espaço com acessibilidade que incentiva o acesso à leitura é importante demais. A biblioteca centenária tem muitos exemplares de autores brasileiros que muitos de nós não conhecemos, como os paraenses João Bosco Maia e Francisco Canindé, o maranhense Josué Montello, que é extraordinário e muitos outros. É um lugar extremamente prazeroso para vir", recomenda a docente.
O atual presidente da FCP, Thiago Miranda, reforça que a missão da Fundação é o fomento da leitura e da literatura paraense, compartilhando assim a rica cultura do estado. "Incentivamos a literatura paraense, seja por meio de oficinas junto às casas que compõem a Fundação, a exemplo do Curro Velho, Casa da Linguagem, Casa das artes, ou por meio de editais voltados ao fomento da literatura regional", detalha o gestor.
Serviço: a BPAV funciona de segunda a sexta, de 9h às 18h. Qualquer pessoa pode ir até o espaço democrático para ler, emprestar, estudar. Mais informações: 3202-4332.
Autoral - A Ioepa, por sua vez, tem destaque na publicação de autores paraenses. Este ano, por exemplo, a Editora Pública Dalcídio Jurandir vai lançar três obras de escritores marajoaras na 26ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, em Belém.
"A melhor forma de comemorar o Dia Nacional da Literatura Brasileira é ampliar e incentivar a cultura do livro. O projeto Portal do Conhecimento valoriza a cultura do livro e da leitura no Pará. A Editora já lançou mais de 140 livros de autores paraenses nos últimos quatro anos, valorizando a literatura de expressão amazônica. Seguimos incentivando a produção no nosso Estado", confirma o presidente do órgão, Jorge Panzera.
Já a Uepa, em seu curso de Letras, valoriza a literatura nacional a partir de uma perspectiva acadêmica em sua grade curricular, estudando literatura de origens indígena e africana, por exemplo.