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ARTE E MEIO AMBIENTE

Ideflor-Bio lança 'Cine Floresta' com a participação de alunos da rede pública estadual

A programação de lançamento, no Parque do Utinga, priorizou temáticas que afetam os povos indígenas em três curtas-metragens

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
20/04/2023 22h18

O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) lançou nesta quinta-feira (20) o “Cine Floresta”, que vai exibir filmes socioambientais, mensalmente, com temáticas variadas. O projeto é uma cooperação das diretorias de Gestão da Biodiversidade (DGBio) e Gestão e Monitoramento das Unidades de Conservação (DGMUC).

Neste mês de abril, a programação homenageou os indígenas, chamando atenção para os impactos negativos das mudanças climáticas nos territórios de povos tradicionais e originários. A estreia contou com a participação de 40 alunos do 1º ano do ensino médio da Escola Estadual Albanízia de Oliveira Lima, no bairro do Marco, em Belém.Os filmes foram exibidos para alunos do ensino médio

Os curta-metragens foram exibidos no auditório do Centro de Acolhimento do Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”, em Belém. A programação incluiu “Quentura”, com direção e edição de Mari Corrêa, de 2018; “Para onde foram as andorinhas?”, produzido em parceria pelo ISA e Instituto Catitu, em 2015, e “Yarang Mamin”, coprodução do Instituto Catitu e Rede de Cooperação Amazônica (RCA), em 2018.

Aprendizado - A estudante Alessandra Gomes disse que aprender mais sobre os povos indígenas é importante. “Essa é uma temática fundamental para a sociedade e, frequentemente, caem questões nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sobre o assunto. Portanto, achei muito legal o Ideflor-Bio chamar a gente para viver esse aprendizado”, acrescentou.

Estudantes na área externa do Parque do Utinga Para o aluno Jefferson Ferreira, assistir aos curtas-metragens indígenas foi uma nova experiência, pois é importante falar sobre a cultura indígena, por ser uma população que tem sofrido diretamente os impactos causados pelo desmatamento e a escassez de alimentos. “Pelos relatos que pudemos acompanhar, a vida não está sendo fácil para eles (indígenas) devido à devastação das florestas, ao calor intenso e às chuvas excessivas em alguns casos. Nós pudemos perceber que a vida era melhor, não era tão quente, tinha mais frutas, eles se divertiam mais e havia menos doenças”, ressaltou o estudante.

A professora de Sociologia Darlen Costa contou que estava trabalhando em sala de aula a temática dos povos indígenas. “O que foi visto na escola, no livro didático, resumo de textos e mapa mental, eles puderam agora complementar com os filmes com relatos dos próprios indígenas”, disse a educadora, destacando que “se existe um povo que é dono do território, legitimamente são eles. Nós somos descendentes dessas populações tradicionais. O que nós somos hoje é um pouco do que eles eram e continuam sendo, apesar de toda a luta e batalha que eles travam no cotidiano”.

Claudia Kahwage explicando a ação.Educação ambiental - Segundo a técnica do Ideflor-Bio e coordenadora do “Cine Floresta”, Cláudia Kahwage, o projeto é positivo para o Instituto porque ocupa um espaço destinado a essa finalidade e, por consequência, trabalha conteúdos de educação ambiental.

“Pensamos em delimitar, neste primeiro momento, para escolas. Hoje, a gente percebeu que isso dá muito certo, principalmente com turmas do ensino médio. Mas temos a intenção de exibir filmes socioambientais também para o público infantil. Portanto, a ideia de trabalhar a educação ambiental por meio de conteúdos audiovisuais é eficaz, porque atinge o público-alvo desejado, e por ser de baixo custo”, afirmou.